O aumento no valor da tarifa de transporte público em São Paulo foi confirmado recentemente pelo governo do estado. O novo preço será de R$ 5, ante o valor atual de R$ 4,40, significando um acréscimo de R$ 0,60. Curiosamente, esse valor estava congelado há três anos, gerando certa surpresa com o anúncio do reajuste.
Inicialmente, acreditava-se que esse reajuste também seria aplicado ao transporte municipal na capital, seguindo uma tendência histórica de alinhamento dos aumentos entre estado e município. No entanto, a Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de Ricardo Nunes (MDB), negou quaisquer planos de elevar o valor da tarifa em seus ônibus.
Por que a tarifa do transporte público não foi ajustada?

Os valores de ônibus, trens e metrô permaneceram os mesmos desde 2012 em decorrência de acordos mútuos entre os governos estadual e municipal. No entanto, o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), optou por uma decisão unilateral de reajuste, quebrando o ciclo de uma década de preços inalterados.
Para o governador, a ausência de reajuste acaba prejudicando a situação financeira das empresas públicas encarregadas desses serviços, como a Metrô e a CPTM. “A tarifa está congelada há muito tempo e a gente tem que começar a fazer conta. Ou eu repasso alguma coisa pra tarifa ou a gente permanece com ela congelada e eu aumento o subsídio. Quanto mais tempo a tarifa ficar congelada, mais subsídio a gente vai ter”, argumentou Freitas em novembro.
Qual será o valor da tarifa integrada?
Até o momento, os governos não anunciaram qual será o novo valor da tarifa integrada – ônibus mais trilhos –, que atualmente custa R$ 7,65. Este valor também não sofreu alteração desde janeiro de 2020, causa expectativa em relação ao seu provável aumento.
Em contrapartida, a prefeitura anunciou uma gratuidade no transporte municipal para todos os passageiros nos 4.830 ônibus da cidade, nas 1175 linhas, das 0h às 23h59, em datas comemorativas como Natal, Ano Novo e Aniversário de São Paulo, no dia 25 de janeiro.