Em uma declaração recente, Simone Tebet, a atual ministra do Planejamento e Orçamento, comunica a proposta do valor do salário mínimo para o ano seguinte. Segundo a ministra, a previsão é de que haja um aumento significativo, atraindo a atenção de trabalhadores e líderes sindicais em todo o país.
Tebet anuncia que a proposta para o salário mínimo de 2024 é de R$ 1.421. Isso corresponde a um aumento de R$ 101 ou aproximadamente 7,7% em relação ao piso atual, o qual é de R$ 1.320. A confirmação veio em uma entrevista coletiva ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma reunião que esclareceu muitas dúvidas sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano.
Por que um aumento no salário mínimo é necessário?

A proposta de reajuste segue a regra de valorização do piso salarial, uma política aprovada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda neste ano. De acordo com essa regra, o salário mínimo será ajustado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Acumulado nos 12 meses até o fim de novembro do ano anterior, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos atrás – no caso, o ano de referência é 2022, que apresentou uma expansão de 2,9%.
Como isso afetará o poder de compra dos trabalhadores?
A motivação por trás do reajuste é preservar o poder de compra do piso salarial. O aumento acima da inflação foi abandonado durante o mandato do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) em 2020. No entanto, é preciso notar que o valor do salário mínimo 2024 poderá ser maior, caso o INPC até o final do ano aumente.
O Congresso Nacional é quem dará a palavra final sobre a proposta do novo salário mínimo, com a votação prevista para o mês de dezembro. Se a proposta for aprovada, o novo salário mínimo já entrará em vigor em janeiro de 2024, trazendo um alívio para os trabalhadores que enfrentaram anos difíceis de inflação e estagnação salarial.