Em decisão recente do Presidente Lula junto ao Ministro da Fazenda Fernando Haddad, o governo federal anunciou a prorrogação do programa Desenrola Brasil até 31 de março de 2024. Tal medida foi divulgada no Diário Oficial da União, com o propósito de ampliar os benefícios a um maior número de brasileiros. O programa tem como meta a renegociação de dívidas de até R$ 20 mil reais, permitindo inclusive a opção por parcelamento.
Esta estratégia do Ministério da Fazenda procura impulsionar a recuperação de créditos e sanar as dívidas dos cidadãos brasileiros. Até o início de dezembro, o Desenrola Brasil já somava 10,7 milhões de brasileiros atendidos e R$ 29 bilhões em dívidas renegociadas.
Como renegociar com o Desenrola Brasil?
Amparado pela medida provisória assinada pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o programa ajustou suas regras de acesso. Agora, é possível entrar na plataforma com uma conta gov.br de nível bronze, além dos já habituais níveis prata e ouro, ampliando o espectro dos beneficiados. No entanto, os perfis com nível bronze somente têm a opção de pagar os saldos negociados à vista. Com isso, o governo estima que mais 12,7 milhões de brasileiros estarão aptos a aderir ao plano.
Quem pode participar do Desenrola?
O Desenrola Brasil é voltado para a negociação de dívidas de pessoas físicas endividadas. Mais especificamente, ele é destinado a indivíduos com renda bruta mensal de até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O programa abrange dívidas que foram negativadas de 01 de janeiro de 2019 a 2022, com um limite de até R$ 20 mil.
Através da plataforma do Desenrola Brasil (desenrola.gov.br), é possível consultar a lista de dívidas que podem ser negociadas no programa, os descontos oferecidos pelo credor, além da respectiva situação de cada uma das dívidas. Um benefício associado a essa prorrogação impacta ao redor de 7,3 milhões de dívidas que estavam disponíveis para pagamentos à vista e que agora poderão ser divididas em até 60 meses, sem necessidade de entrada e com quitação da primeira parcela apenas em 2024.
A participação dos bancos também é um fator relevante no programa. Eles auxiliam na administração do programa retirando os nomes dos devedores dos cadastros de inadimplência, após iniciada a renegociação. Na Fase 2 do Desenrola Brasil, os setores que lideraram o ranking de renegociações foram serviços financeiros, securitizadoras e contas de luz, beneficiando milhões de brasileiros e diminuindo de maneira significativa o montante das dívidas originárias.