Durante um evento realizado na quarta-feira, 6, no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva postulou que um crescimento de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) é insuficiente para o Brasil, ainda que seja superior ao previsto para 2023. Embora admitindo que seja uma melhoria, Lula salientou que o ideal é sempre uma perspectiva de crescimento maior para fomentar empregos, aumentar salários e estimular o consumo.
A economia brasileira viu um aumento marginal de 0,1% no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre, e um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados do IBGE. São notícias esperançosas, mas ainda estamos aquém das expectativas.
BNDES assina contrato para captação de 1,7 bilhões de dólares com NBD

A solenidade no BNDES foi um marco para a assinatura de um contrato com o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), ou conhecido popularmente como o Banco dos BRICS. Com um valor em pauta de US$ 1,7 bilhões (R$ 8,5 bilhões), o BNDES pretende aplicar esses recursos em projetos voltados para o combate às mudanças climáticas e investimentos em infraestrutura sustentável.
O que esse financiamento significa para o Brasil?
Neste ano, o NBD, agora sob a liderança de Dilma Rousseff, já aprovou cerca de US$ 2,8 bilhões para o financiamento de projetos brasileiros. Durante o evento, o presidente Lula salientou a importância dos bancos públicos em liberar recursos para investimentos. Segundo ele, não faz sentido que grandes quantidades de dinheiro estejam inativas no Tesouro enquanto o BNDES está precisando de recursos para investir no desenvolvimento do país.
Ele sugere que a dívida pode não ser um problema se for direcionada para a construção de um ativo produtivo que facilitará a produção e, por consequência, estimulará a economia. É um pensamento que vai contra a opinião corrente de ter baixa dívida, mas é uma visão que, se bem implementada, pode trazer muitos benefícios para o desenvolvimento do Brasil.
É um tempo emocionante para a economia brasileira, e todos estamos ansiosos para ver a evolução destes planos.
*As informações para este artigo foram fornecidas pelo repórter Rodrigo Viga