Um recente anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem gerado muita discussão. Em evento do PT realizado em Brasília, o ministro compartilhou a preocupante notícia de que o governo não conseguirá executar todo o Orçamento de 2023. A escassez de pessoal é uma das principais razões para essa situação.
“Não devia estar dizendo isso, mas não vamos conseguir executar todo o Orçamento este ano. Ainda estamos fazendo concurso para contratar servidores”, afirmou o ministro. Este pronunciamento reforça a existência de um problema sério que já estava sendo percebido por muitos: há mais de R$ 28 bilhões retidos nos ministérios.
O que causou a falta de execução do Orçamento de 2023?

O “empoçamento” de recursos, como é conhecido o retardo na execução orçamentária, é consequência de diversos fatores. Entre eles, burocracia, rigidez orçamentária e prazos expirados. De acordo com uma reportagem do Valor, atualmente R$ 24,163 bilhões são recursos de ministérios e outros órgãos públicos, com base em uma coleta de dados realizada pelo Tesouro Nacional no fim de novembro.
Não é a primeira vez que o assunto é colocado em discussão. Em novembro, o presidente Lula pediu que seus ministros se esforçassem para gastar mais, argumentando que dinheiro parado não traz benefício algum ao país.
Como isso afeta os programas sociais?
A falta de execução do orçamento não só compromete o desenvolvimento do país em várias áreas, mas também afeta diretamente parte da população que mais precisa. Segundo Haddad, é preciso haver políticas de austeridade fiscal para “colocar o pobre no Orçamento”, um ideal defendido desde a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para manter essa promessa, o ministro indica a necessidade de um corte drástico nos subsídios do Estado a setores específicos da economia. Ele se refere a esses gastos ineficientes como “jabutis”, apêndices incluídos por parlamentares em projetos de lei.
Apesar dos desafios, Fernando Haddad sinaliza otimismo em relação ao futuro. Ele acredita em uma baixa na taxa de juros, com expectativa que a Selic chegue a 11,75% na próxima reunião do Copom. Além disso, o ministro estima que o Brasil deve encerrar 2023 com a geração de 2 milhões de novos empregos formais.