Em um cenário econômico volátil, o dólar à vista fechou a quinta-feira (7 de Dezembro de 2023) com valorização de 0,13%, cotado a R$ 4,9090. Este movimento surpreendeu especialistas que apontavam para uma tendência de queda da moeda americana no contexto global. O real se oscilou entre R$ 4,8799 e R$ 4,9147 ao longo do dia. Muitos acreditam que este sobe e desce da nossa moeda tem relação com ajustes técnicos e fluxo de remessas ao exterior.
Além disso, a oscilação negativa do peso mexicano, aproximadamente 1%, após a leitura da inflação local que alimentou as expectativas de possíveis cortes de juros pelo Banco Central do México (Banxico), também contribuiu para o desempenho do real em nível local.
Como o cenário internacional está influenciando?

O DXY, índice que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, operou em queda, acompanhando a valorização do iene frente à moeda americana, que subiu cerca de 2,5%. Declarações do presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, de que a gestão da política monetária será mais “desafiadora”, foram entendidos por investidores como um sinal de que o Japão pode estar prestes a abandonar a política de juros negativos.
O sócio e head de câmbio da Nexgen Capital, Felipe Izac, argumenta que “a questão do iene influenciou o comportamento do dólar perante outras moedas fortes. Observando o cenário ampliado, o dólar vem mostrando sinais de fraqueza, em grande parte devido à desaceleração da economia americana e à possibilidade de queda de juros nos EUA”.
Qual a projeção para o dólar no curto prazo?
Para Izac, o contexto externo tem sido o principal condutor da taxa de câmbio. Na ausência de estresse no mercado internacional, aumentam as chances do dólar reduzir a cotação para níveis de R$ 4,80 ou até R$ 4,70, em vez de ultrapassar os R$ 5,00 e avançar para R$ 5,10. “Ainda que o Brasil apresente uma situação fiscal complexa, a tendência é de apreciação do real”, destaca o especialista.
Entretanto, é importante observar que esses dados e projeções podem sofrer alterações em função das variáveis nacionais e internacionais. Um exemplo disso é a situação fiscal brasileira, que oscila conforme as políticas públicas, e é importante para estabilizar o valor da moeda e garantir a confiança dos investidores.