O último mês apresentou uma variação significativa no custo da cesta básica em diversas capitais do Brasil, conforme registra a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em nove das dezessete metrópoles analisadas houve um incremento, sendo a maior variação registrada na capital do país, Brasília, com um aumento de 3,06% no preço médio da cesta básica.
Por outro lado, algumas capitais apresentaram redução do custo da alimentação básica. Natal se destacou com uma queda de 2,55%, seguida por Salvador, com diminuição de 2,17%, Fortaleza, com 1,39% a menos, e Campo Grande, que apresentou uma redução de 1,20%. Porto Alegre foi a única cidade que não exibiu nenhuma alteração de preço.
A cesta básica mais cara do país

A cidade de São Paulo detém o posto de cesta básica mais cara do Brasil, com o valor dos alimentos básicos totalizando aproximadamente R$ 749,28. Já as capitais norte e nordestinas, onde a composição da cesta de alimentos pode ser diferente, apresentaram valores inferiores; em Aracaju, por exemplo, o custo médio foi de R$ 516,76. João Pessoa e Salvador também apresentaram valores mais em conta, com preços de R$ 548,33 e R$ 550,86 respectivamente.
Qual seria o salário mínimo ideal?
Com base no valor da cesta mais cara, que é São Paulo, o Dieese calculou que o salário mínimo ideal para cobrir todas as despesas elementares de uma família – como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência – seria de R$ 6.294,71. Este valor seria 4,77 vezes maior que o salário mínimo atual fixado em R$ 1.320.
Esta análise aponta que, a despeito das pequenas quedas em algumas capitais, a ampla maioria das cidades apresentou um incremento no custo da cesta básica. Esta realidade reforça a crescente dificuldade enfrentada pelas famílias brasileiras para manter suas necessidades básicas cobertas, especialmente aquelas que recebem apenas um salário mínimo.