Investir é uma tarefa muito desejada por muitas pessoas, tanto os principiantes como os já experientes no mundo financeiro. Ter o seu dinheiro rendendo mais dinheiro é muito atraente e pode oferecer conforto em longo prazo, como na aposentadoria. Para que isso aconteça, é necessário que o investimento seja constante e crie uma espécie de “bola de neve”, onde o rendimento é reinvestido e o patrimônio cresce de forma acelerada e sustentável com o tempo.
Uma forma comum de realizar esse feito é através de investimentos em renda fixa, em que o montante é emprestado a uma instituição financeira ou governo, e posteriormente devolvido com juros. A renda fixa, portanto, pode ser um instrumento financeiro bastante eficaz para quem busca a geração de uma renda passiva e a multiplicação do seu capital. Mas quanto seria necessário poupar para atingir um montante de R$ 80 mil em reserva de emergência?
Como funciona a renda fixa?

No mercado financeiro, uma das formas mais comuns de ganhar dinheiro é através dos juros. Eles são encontrados em diversas situações, desde a sua conta de cartão de crédito até a rentabilidade dos seus investimentos. Basicamente, os juros funcionam como uma espécie de “aluguel” do dinheiro. Se você empresta dinheiro para um banco ou para o governo, você receberá de volta esse mesmo valor, acrescido de juros. Há dois principais tipos de juros: os simples e os compostos.
Quais são os tipos de juros na renda fixa?
Os juros simples são aqueles que são calculados com base em um valor fixo inicial. Ao longo do tempo, esse valor inicial é acrescido de uma determinada porcentagem, que não muda conforme o tempo passa. Por outro lado, os juros compostos são aqueles que são aplicados sobre o valor final da etapa anterior. Isso significa que, diferente dos juros simples, nos juros compostos a porcentagem aplicada aumenta com o tempo, o que pode trazer uma rentabilidade consideravelmente maior a longo prazo.
Como viver de renda fixa?
Para conseguir viver de renda fixa, é necessário ter um planejamento financeiro bem estruturado, além de fazer investimentos constantes ao longo do tempo. Eliane Tanabe, planejadora financeira da Planejar, simulou alguns cenários em que é possível viver de renda fixa investindo um salário mínimo de R$ 1.320,00 por mês, ao longo de vários anos.
Por exemplo, um investidor que inicie seus aportes aos 20 anos de idade, e mantenha esses aportes mensais por 45 anos (540 meses), precisaria investir R$ 13,49 por mês. Já um investidor que inicie aos 40 anos e mantenha os aportes por 25 anos (300 meses), precisaria investir R$ 155,85 por mês. É importante ressaltar que essas simulações não consideram a incidência do Imposto de Renda, e que as taxas de rendimento podem variar.
Caso o investimento renda 116% do CDI, as necessidades de aporte mensal diminuiriam consideravelmente. Por exemplo, o investidor de 20 anos precisaria aportar R$ 6,91 por mês, e o de 40 anos precisaria de R$ 112,38 mensais.
É fundamental que o investidor estude a opção de investimento que esteja mais alinhada com seu perfil e objetivos. Sem dúvidas, a renda fixa é uma aliada de peso para quem deseja ver seu dinheiro trabalhar e multiplicar com o tempo.