Já imaginou entrar em um financiamento imobiliário com um pagamento a longo prazo de 30 anos e descobrir uma forma de pagar tudo isso em um tempo muito mais curto? Isso é possível graças à amortização. Esta estratégia permite que o cliente antecipe o pagamento das parcelas reduzindo assim o valor total da dívida e os juros. Mas como isso funciona na prática e quais são as vantagens? Vamos nos aprofundar mais nesse assunto.
O primeiro passo é entender o que é amortização. Entrar em um financiamento significa que você é devedor do banco, além do valor original que pegou emprestado, também acumula os juros durante todo o período de pagamento. No nosso exemplo, estamos falando de 30 anos de juros. Amortizar é, basicamente, pagar adiantado o valor devido, reduzindo assim o saldo total do financiamento.
Amortização: um amigo de seu bolso?

Com a amortização, se você consegue economizar ou recebe um dinheiro extra, como décimo terceiro salário, horas extras, ou participação nos lucros, pode utilizar esses valores na amortização para potencialmente pagar um financiamento de 30 anos em um curto período de três anos. Isso requer organização financeira e disciplina, mas os benefícios podem ser incríveis.
Outro aspecto importante é o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Este recurso também pode ser usado na amortização, o que pode ser uma oportunidade para pagar a sua dívida mais rapidamente e assim poupar em juros.
Como a amortização funciona na prática?
Vamos usar um exemplo para ilustrar. Imagine que você tomou um financiamento de R$ 200 mil para pagar em 30 anos, ou seja, 360 parcelas, utilizando a tabela SAC, um modelo comum onde a parcela inicial é mais alta, mas vai diminuindo ao longo do tempo. Considerando juros de 7% ao ano e correção pela TR, ao final desses 30 anos, o cliente teria um total de pagamento de R$ 404.111.
Contudo, se essa pessoa optasse por fazer a amortização e quitar a dívida em apenas três anos, o valor total seria de R$ 230.902. Isso representa uma diferença de R$ 173.209,55 economizados.
Amortização: Redução do valor das parcelas ou tempo de dívida?
Percebe-se que, com a amortização feita no exemplo acima, há redução principalmente no tempo da dívida, ou seja, o cliente consegue pagar o financiamento total em um período mais curto. Isso significa que ele evitaria vários anos pagando juros sobre juros. No entanto, também é possível realizar a amortização focando na redução do valor das parcelas.
Essa escolha entre reduzir o valor das parcelas ou o tempo de dívida realmente depende do objetivo do comprador. Por exemplo, se o comprador encontra dificuldade para manter o orçamento familiar, o recomendado seria reduzir o valor das parcelas. Porém, se as contas estão em dia, o ideal é diminuir o tempo da dívida.
E o FGTS na amortização?
Como mencionado anteriormente, o FGTS pode ser uma grande ferramenta na amortização do financiamento imobiliário e pode ser utilizado a cada dois anos para essa finalidade. A utilização do FGTS é vantajosa já que o rendimento comumente é de de 3% ao ano e os juros dos financiamentos ficam entre 6% e 9% ao ano.
Para usar o FGTS para amortização, o trabalhador deve ir a uma agência da Caixa e solicitar o resgate do fundo para amortização, ou se o financiamento for da Caixa, pode utilizar o aplicativo Caixa Habitação. Mas é importante lembrar que a maioria dos bancos permite o pagamento de apenas até 80% do financiamento com recursos do FGTS.
Em resumo, com planejamento financeiro e disciplina, é sim possível acelerar o pagamento de um financiamento a longo prazo através da amortização e, consequentemente, economizar, são estratégias como essas que ajudam a aliviar seu orçamento e a alcançar a tão sonhada liberdade financeira.