A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, recentemente comunicou ao público a proposta salarial do governo para o ano de 2024. O salário mínimo proposto foi estabelecido em R$ 1.421, um aumento de R$ 101 em relação ao valor atual, que é de R$ 1.320.
Se aprovada, a proposta permitirá que o novo valor do salário mínimo seja pago a partir do próximo ano, provavelmente entrando em vigor nos meses de janeiro ou fevereiro. No entanto, apesar desse aumento, o valor do mínimo ainda deixa a desejar considerando as despesas necessárias para sustentação de um brasileiro.
Qual a situação do salário mínimo necessário, de acordo com o DIEESE?

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou que, em outubro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.210,11. Esse valor corresponde a 4,70 vezes o mínimo atual. Em outros termos, o salário mínimo ideal está distante do atual para cobrir despesas essenciais de uma família, como alimentação, moradia, educação, saúde e segurança.
O salário mínimo atual é suficiente para cobrir o custo da cesta básica?
Segundo dados do Dieese, o preço médio da cesta básica nas capitais brasileiras varia de R$ 521,96 a R$ 739,21. Tendo como base o salário mínimo atual, o tempo médio necessário para adquirir os produtos básicos variou de 108 a 107 horas entre setembro e outubro de 2023.
Após realizar o desconto de 7,5% referente à Previdência Social no salário mínimo líquido, observa-se que o trabalhador comprometeu em média, em outubro deste ano, 52,72% do rendimento líquido para adquirir a cesta básica. Isso significa que em comparação a setembro, houve uma queda de 0,37% na porcentagem do salário mínimo líquido gasto com essa despesa.