As ações da Americanas, fora do Ibovespa, tiveram um aumento de até 8,75% chegando a R$ 0,87 nesta quinta-feira (16 de novembro de 2023), após a divulgação dos balanços financeiros de 2021 e 2022. No acumulado de novembro até a última terça-feira (14 de novembro de 2023), as ações haviam caído 5,88%, registrando uma queda de 91,7% no acumulado do ano até a mesma data.
Atraso no Balanço da Americanas (AMER3)
A empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 12,9 bilhões em 2022 e revisou o balanço de 2021, informando um novo prejuízo líquido de R$ 6,23 bilhões, após anteriormente divulgar um lucro líquido de R$ 731 milhões. O balanço de 2022, originalmente planejado para 13 de novembro, foi adiado três vezes, sendo divulgado em 16 de novembro. A dívida líquida foi de R$ 26,2 bilhões em 2022 e R$ 13,9 bilhões em 2021. As receitas de 2022 totalizaram R$ 25,8 bilhões, um aumento de 14,6% em relação a 2021, enquanto o Ebitda permaneceu negativo, registrando R$ 6,16 bilhões em 2022 e R$ 3,4 bilhões em 2021.
Posicionamento do CEO da Americanas (AMER3)
Leonardo Coelho, CEO da Americanas, assegurou que os números corrigidos estão isentos de irregularidades, explicando que a empresa foi vítima de uma fraude minuciosamente planejada. Ele enfatizou que a republicação dos dados de 2021 e a divulgação das informações contábeis de 2022 refletem o compromisso absoluto com a transparência. Coelho também destacou um acordo com os credores para viabilizar um futuro sustentável, ressaltando que o plano de recuperação é um dos mais abrangentes no varejo. O endividamento bruto da empresa aumentou para R$ 37,3 bilhões em dezembro de 2022, partindo de R$ 7,8 bilhões em janeiro de 2021. Adicionalmente, a Americanas reclassificou despesas pendentes, totalizando R$ 15,9 bilhões. Confira na íntegra o balanço aqui.