A Caixa Econômica Federal (CEF), um dos principais bancos públicos do Brasil, apresentou nesta segunda-feira uma notável alta de 16,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido recorrente registrado foi de R$ 3,241 bilhões no terceiro trimestre de 2023, evidenciando um desempenho financeiro positivo.
O terceiro trimestre deste ano foi marcado por um aumento de 15,7% na margem financeira da instituição, além de uma expressiva alta nas receitas de serviços. Além disso, a receita com operações de crédito teve um crescimento de 17% em relação aos últimos 12 meses. A Caixa destacou a performance das operações da tesouraria, que geraram um resultado 6,4% maior, assim como as aplicações interfinanceiras que tiveram um crescimento de 30,3% em resultado.
O que impulsionou o aumento do lucro da Caixa?

Os números positivos são de grande relevância principalmente levando em conta o cenário econômico desafiador. Eles foram significativamente impulsionados pelo aumento da margem financeira e, em menor escala, pelas receitas de serviços. Mas, sem dúvida, o destaque vai para a carteira de crédito do banco, que ultrapassou a marca de R$ 1,091 trilhão – um crescimento de 11,7% em relação a setembro de 2022.
Dois segmentos foram particularmente relevantes para esse resultado: habitação e agronegócio. As operações dedicadas à habitação cresceram 14,6%, atingindo um montante de R$ 707,943 bilhões. Já as operações voltadas ao agronegócio tiveram um expressivo salto de 29,9%, chegando a R$ 52,352 bilhões.
Quais foram as outras evoluções financeiras da Caixa no período?
O banco conseguiu mostrar um desempenho sólido também em outras frentes. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), por exemplo, registrou 7,9% no terceiro trimestre, apesar de representar uma queda de 0,75 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2022. O patrimônio líquido da CEF, por sua vez, fechou o trimestre em R$ 125,174 bilhões – crescimento de 1,9% em 12 meses.
Os ativos da Caixa, que contabilizam a carteira de crédito e também os títulos e valores mobiliários e de derivativos, fecharam o terceiro trimestre em R$ 1,744 trilhão. Isso representa uma alta de 11,4% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A carteira de derivativos, em particular, registrou R$ 250,458 bilhões, alta de 0,7% em um ano.
Vale ressaltar que esses números não incluem os fundos administrados pelo banco, como o FGTS. Quando considerados, o total sobe para R$ 3,128 trilhões, um crescimento de 9,1% em um ano. Com certeza, um resultado que ratifica a solidez e a importância da Caixa Econômica Federal na economia brasileira.