Com a evolução galopante da tecnologia no setor financeiro, a existência dos aplicativos bancários, como os conhecemos hoje, está com os dias contados, segundo Roberto Campos Neto. O atual presidente do Banco Central foi enfático em uma recente conferência do MBA Brasil em Chicago ao prever o fim dessas plataformas tradicionais por causa do avanço do Open Finance.
Segundo a fonte do jornal Estadão, Campos Neto esclarece que o Open Finance, sistema que permite a compartilhação de informações financeiras, reduzirá a necessidade atual dos usuários em utilizar diferentes aplicativos para cada banco. Portanto, essa nova tendência promete revolucionar a forma como lidamos com as nossas finanças.
Mas afinal, o que significa este Open Finance?

O Open Finance é um termo que veio para ficar. Mas antes de tudo, é necessário entender claramente o que ele representa. Campos Neto simplificou a ideia em sua declaração: “Em até um ano e meio, dois anos, não terá mais app de Bradesco, Itaú. Será um app agregador que, pelo Open Finance, vai dar acesso a todas as contas”, afirmou ao Estadão.
Como o Open Finance entra na vida dos brasileiros?
Desde outubro de 2023, o Banco Central do Brasil implementou um novo estágio do Open Finance, permitindo assim que os usuários compartilhem suas informações de investimentos em fundos, renda fixa e renda variável com as instituições financeiras participantes. Além disso, o Open Finance permite às mesmas instituições ofertar produtos e serviços de maneira mais assertiva, baseando-se nas informações compartilhadas pelos clientes, o que facilita o gerenciamento financeiro.
O verdadeiro impacto do Open Finance
Com o passar dos anos, o Open Finance tem se consolidado cada vez mais no setor financeiro do Brasil. Desde 2021, ocorreram várias transformações importantes. As etapas de implementação do Open Finance, anteriormente conhecido como Open Banking, incluíram o compartilhamento de dados institucionais e de clientes entre instituições financeiras, bem como o acesso independente aos serviços por meio de qualquer aplicativo de instituição financeira. Durante esse período, foram registrados cerca de 40 milhões de consentimentos para o compartilhamento de dados, de acordo com os dados do Banco Central.
Diana Cheng, repórter formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho, e que ingressou no Money Times em 2022, assina a matéria informando que a última fase do Open Finance, prevista para 2024, deverá incluir dados sobre câmbio e credenciamento. Isso mostra que, apesar dos avanços significativos, ainda há um importante caminho a ser percorrido no processo de implementação total do Open Finance no Brasil.