As recentes mudanças políticas do Brasil e suas regulamentações de armas têm provocado alterações notáveis no desempenho das vendas da Taurus (TASA4), que anunciou um lucro de R$ 26 milhões no 3º trimestre de 2023, uma quantidade que é 74,8% menor ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a empresa, a falta de regulamentação das novas regras impostas pelo governo Lula e pelo exército é o principal fator que contribui para a queda de vendas no mercado interno.
Segundo o relatório da empresa, houve uma retração de 70% nas vendas do mercado doméstico em relação ao 3º trimestre de 2022, resultando em receita de R$ 72 milhões. Quando comparado com o 2º trimestre de 2023, a Taurus também registou um declínio no lucro de 46%, sugerindo uma insistência em resistência e retenção da demanda interna por armas de fogo.
As Implicações do Novo Decreto de Armas para a Taurus

O decreto de armas, que soma às alterações políticas já mencionadas, foi instituído em julho pela gestão do presidente Lula. No entanto, em razão da falta de regulamentação do Exército, as vendas de armas no país estão praticamente estagnadas. Com isso, as expectativas de vendas da Taurus estão presas principalmente nos resultados das licitações com órgãos de segurança, conforme afirma o CEO da empresa, Salesio Nuhs.
Exterior: A Salvação da Taurus?
Por outro lado, o cenário externo parece um pouco mais promissor para a Taurus. No último trimestre, a empresa gerou uma receita de R$ 366 milhões no mercado externo, representando uma pequena variação negativa de 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos – previstas para 5 de novembro de 2024 – tem esquentado as vendas de armas no país, fenômeno este que é recorrente neste período.
Expectativas para a Taurus
Com base em entrevista concedida à Money Times, a Taurus estima que a demanda por armas nos Estados Unidos deve aumentar, alavancando positivamente suas vendas e, consequentemente, ações. Uma prova desse aquecimento do mercado americano está no recente aumento de 20% na prática do ‘background check’ – verificação de antecedentes penais realizada pelo NICS (National Instant Criminal Background System) – para a compra de armas, em relação ao mês anterior.