A bolsa de valores B3 sancionou oito membros do conselho de administração da Americanas. No início do dia, as ações da empresa de varejo (AMER3) experimentaram uma baixa significativa, já sentida pelos acionistas. O cenário ocorre após o anúncio oficial de que multas de R$ 264 mil foram aplicadas aos conselheiros contabilizados na quinta-feira, 09 de maio de 2023.
Os papéis da varejista, por volta das 16h17 exibiam uma queda de 3,57%, balizando o valor da ação a R$0,81. O rebuliço na esfera econômica ocorre, principalmente devido aos membros sancionados serem figuras notáveis no mundo dos negócios. Dentre eles, Carlos Alberto da Veiga Sicupira e Jorge Felipe Lehman, poderosos empresários com grande parcela de ações da Americanas.
Quem são os acionados e quais as razões das multas para a Amer3?

Pontos cruciais em jogadas de bilhões na economia mundial, Beto Sicupira e Jorge Felipe Lehman são sócios da 3G Capital, acionista da Americanas. O cenário complicado se forma a partir da falha em demonstrar a efetividade de auditória interna e a gerência de riscos. Além disso, também foi destacada a não comprovação da efetividade da política de gerenciamento de riscos.
Além dos conhecidos empresários, Anna Christina Ramos Saicali e Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, membros atuantes na diretoria e no conselho de administração da varejista também foram multados. O valor da multa aplicada a esses membros chegou a R$ 395 mil. O motivo das multas segue a linha das diretrizes do Novo Mercado, e estão relacionadas à não comprovação da existência de controle internos e a efetividade deles na Americanas.
Qual será o futuro da Americanas (Amer3) e dos acionados?
Para confirmar a efetividade das multas aplicadas, a B3 concedeu um prazo para defesa, prorrogação e vistas durante o processo sancionador. Enquanto isso, os acionistas e o mercado financeiro se atentam para possíveis alterações no valor das ações e no desempenho futuro da Americanas.
O episódio ressalta a necessidade de um controle eficaz de risk management nas empresas, além de uma governança corporativa consistente. E servindo de alerta quanto à transparência na auditoria interna, todos esses critérios são importantes sinais para acionistas na hora de decidir sobre investimentos.