Com o final do ano se aproximando, é chegada a hora dos trabalhadores brasileiros começarem a contagem regressiva para receber o tão esperado 13º salário. Contudo, muitos têm dúvidas sobre como melhor aplicar esse dinheiro. Especialistas indicam que o ideal é utilizá-lo como uma reserva para emergências ao invés de gastá-lo de imediato.
Para o atual ano de 2023, a expectativa é que o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro ocorra até o dia 30 de novembro, enquanto a segunda deverá ser quitada até 20 de dezembro. Segundo o especialista em educação financeira, Rogério Araújo, aqueles que não possuem dívidas deveriam empregar o benefício para formar ou ampliar a reserva de emergência.
Por que é importante criar uma reserva de emergência?

A reserva de emergência, como indica o nome, é um fundo de dinheiro reservado para situações inesperadas que demandem gastos imprevistos, como numa ocasião de perda de emprego. Além disso, é crucial que esta reserva seja investida de forma que possa ser retirada rapidamente, se necessário. Este fator que no mercado financeiro é conhecido por liquidez e pode ser encontrado em aplicações como Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária e Fundos DI com taxa zero de administração, que são todos considerados de renda fixa, ou seja, proporcionam remunerações regulares todos os meses.
Como utilizar o 13º salário quando se tem dívidas?
Para quem possui dívidas, Rogério Araújo sugere que uma parte do 13º seja empregada para quitá-las, fazendo assim um ajuste das parcelas da dívida. Contudo, ele também ressalta que uma parte do benefício deveria ser direcionada para a formação da reserva de emergência, possibilitando assim o início do planejamento financeiro para o próximo ano, 2024.
Outra possibilidade apontada é a renegociação das dívidas. Renan Diego, também educador financeiro e consultor de investimentos, afirma que, caso o trabalhador não possa quitá-las integralmente com o 13º salário, a melhor opção seria migrar para uma renegociação, evitando assim o acúmulo de juros.
É interessante planejar o ano contando com o 13º salários?
Os especialistas concordam que não é saudável planejar o ano já contando com o 13º salário. A justificativa para isso é o fator da incerteza, tendo em vista a instabilidade da política e do mercado de trabalho. Rogério Araújo explica que é arriscado depender desse dinheiro, pois em tempos de desemprego o trabalhador pode acabar não recebendo o valor esperado.
Renan concorda e complementa: “É muito melhor você ter o sentimento de dinheiro extra, você não tinha se comprometido com aquele dinheiro. E aí esse dinheiro novo fica muito mais tranquilo de você poder investir para o seu futuro, investir para os seus sonhos ou gastar com alguma coisa que vai fazer sentido para você”.