As ações da fintech brasileira Nubank (NU) alcançaram, na última sexta-feira, o valor mais alto em quase dois anos, destacando-se na Bolsa de Nova York (NYSE) por sua alta expressiva. Em uma semana repleta de notícias impactantes no mercado financeiro, esse crescimento consolida ainda mais a posição da empresa no cenário global.
A alta reflete a resposta positiva do mercado internacional à performance do Nubank e à robustez do cenário econômico emergente brasileiro. As ações da empresa encerraram a semana cotadas a US$ 8,48, vindo de uma oscilação que chegou a máxima de US$ 8,62 e não caiu abaixo de US$ 8,35. Essa é a maior cotação desde 22 de fevereiro de 2022.
Euforia no mercado americano: como o relatório de empregos influenciou a alta do Nubank?

O mercado americano reagiu euforicamente à divulgação do payroll, o relatório oficial de empregos dos Estados Unidos. Mesmo com a criação de 150 mil vagas, abaixo da expectativa de 180 mil, a desaceleração da economia americana reforçou a aposta de que as taxas de juros do país não subirão mais em 2023.
“Sinais de que a maior economia do mundo começa a abrandar, após o término do verão no hemisfério norte, endossam o prognóstico de que a campanha de aperto monetário mais agressiva implementada pelo Banco Central norte-americano em mais de quatro décadas está surtindo efeito para desacelerar a atividade”, afirmou Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero Investimentos.
Nubank: O preferido dos investidores americanos entre os bancos brasileiros
De acordo com o Itaú BBA, entre os bancos brasileiros, Nubank é o nome mais discutido por investidores americanos. Os pontos mais atraentes da fintech para esses investidores são a possibilidade de atingir um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 20% no segundo semestre deste ano e o recente aumento do preço-alvo das ações pelo Morgan Stanley, que passou de US$ 11 para US$ 16. Na visão da equipe de analistas, a fintech pode atingir um valor de mercado de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 506 bilhões) até 2026.
O desempenho dos BDRs da Nubank na Bolsa brasileira
No cenário nacional, os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) da empresa, negociados na Bolsa brasileira, também terminaram a sexta-feira em alta. O pregão encerrou com esses ativos em alta de 1,30%, cotados a R$ 7,01. Este fato demonstra um aquecimento no mercado de ações brasileiro relacionado às fintechs, já que o Nubank é uma das maiores representantes do setor.