Com 2023 sendo rotulado como um “ano perdido” para as vendas no mercado de armas no Brasil, o CEO da Taurus, Salesio Nuhs, manifesta um otimismo discreto para 2024. As vendas para 2023 foram focadas principalmente em instituições policiais, com as vendas civis interrompidas por vários fatores, incluindo empecilhos burocráticos.
Em meio a estes desafios, a Taurus e outros fornecedores de armas aguardam uma esperada demanda reprimida promissoramente ao se aproximarem de um novo ano cheio de oportunidades.
Por que 2024 trará uma explosão na demanda por armas?

Salesio está confiante de que 2024 testemunhará um renascimento na demanda de armas, impulsionada por uma série de fatores diferentes. O CEO atribui este aumento esperado a um influxo de novos CACs (Caçador, Atirador ou Colecionador) no mercado, procurando a primeira arma, bem como a normalização das vendas para quem já é CAC.
Qual o impacto esperado das leis de armas nos EUA?
Enquanto isso, a Taurus está se preparando para um possível impulso nas vendas no mercado norte-americano em 2024. Isso se deve às eleições americanas previstas para novembro de 2024, que tendem a desencadear uma alta na procura por produtos relacionados às armas devido a possíveis mudanças na legislação sobre armas.
Salesio também mencionou que a Taurus está se preparando para lançar um novo calibre de pistolas, o .38 TPC, que será o mais forte dentro dos ‘permitidos‘, além de investir em tecnologias como nióbio e grafeno para a fabricação de novas armas, o que reduzirá o custo dos produtos.
O foco na Índia e na Arábia Saudita
Atualmente, a Taurus está competindo por uma licitação de compra bilionária de 420 mil fuzis estabelecida pelo governo indiano. A vitória nesta disputa, segundo Salesio, poderia representar um marco significativo para a Taurus.
Com uma fábrica já instalada na Índia, a empresa está pronta para atender à demanda caso ganhe a licitação. Além disso, a Taurus está de olho na Arábia Saudita como um mercado potencial, em parceria com a Scopa Defense Trading para possivelmente criar uma joint-venture local.
Em suma, após um “ano perdido” para a indústria de armas em 2023, a Taurus mantém-se otimista para 2024 com expectativas de uma demanda reprimida e oportunidades promissoras em mercados estrangeiros como os EUA, a Índia e a Arábia Saudita.