No último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que ocorreu na quarta-feira (20), foi decidido a redução da taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual. Esta decisão resultou numa taxa Selic igual a 12,25% ao ano.
Quais são os impactos da redução da Selic para menos 1% ao mês?

Inevitavelmente quando ocorre mudanças na taxa básica de juros, diversas aplicações financeiras são afetadas, entre elas a poupança, Tesouro Direto, CDBs e fundos DI. De acordo com uma análise feita por Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor, a pedido da CNN, a poupança apresenta o menor rendimento tanto no curto quanto no longo prazo. Em seis meses, uma aplicação de R$ 1.000 na poupança chega a R$ 1.038,12 e, em 30 meses (dois anos e meio), chega a R$ 1.205,72.
Elegendo as melhores opções de investimento com a queda da Selic
Apesar dos baixos rendimentos da poupança, Viriato ressaltou que os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) de bancos médios são a melhor opção de investimento atualmente, atingindo uma remuneração média de 110% da taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Por exemplo, a mesma quantia de R$ 1.000 investida nessa modalidade pode saltar para R$ 1.050,51 em seis meses e, em 30 meses, valorizar para R$ 1.308,66.
Podemos confiar nas estimativas?
Sim, as projeções de Michael Viriato são confiáveis. Elas foram construídas considerando os rendimentos líquidos, ou seja, já descontados do imposto de renda que incide sobre os ganhos. Todavia, convém frisar que somente a poupança está isenta deste imposto. O estrategista também assumiu taxas de administração de 0,50% para os fundos DI e de 0,2% para o Tesouro Selic, uma vez que estas podem variar de acordo com os diferentes fundos e corretoras.
Cuidado com as escolhas de investimento
Neste momento de incertezas e mudanças constantes no mercado financeiro, todo investidor precisa estar atento às decisões do Copom e aos movimentos do BC. A decisão de manter, aumentar ou reduzir a taxa Selic pode alterar significativamente os rendimentos das suas aplicações. Portanto, é fundamental uma constante reconstrução da estratégia frente aos novos cenários que surgem.