No clima de fim de ano, muitas dúvidas começam a surgir nos beneficiários do Bolsa Família a cerca de um possível 13º pagamento do programa em 2023. O ministro Wellington Dias, responsável pelo Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, decidiu esclarecer as dúvidas de uma vez por todas: não ocorrerá o 13º pagamento do Bolsa Família.
Segundo Dias, “Como o nome indica, é uma bolsa: Bolsa Família. Não é um contrato salarial, nem de remuneração, tanto no setor público quanto no setor privado”, como explicou ao Estadão/Broadcast.
Entenda o Bolsa Família

A iniciativa, pertencente ao governo federal, consiste em uma ajuda de custo mínima de R$ 600 por mês a cada beneficiário. Esse valor, no entanto, pode ser aumentado levando em consideração as especificidades de cada família. No entanto, o pagamento é limitado a doze parcelas por ano, sendo efetuado uma vez por mês.
Existiu um pagamento extra em algum momento?
Importante salientar que houve um 13º pagamento do Bolsa Família apenas uma vez, no ano de 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Após isso, representantes da oposição pedem que o governo atual retome esse adicional.
Wellington Dias, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, afirma que acredita que esse pagamento extra foi uma estratégia eleitoral do ex-presidente. “Tivemos um momento em que o 13º foi pago, muito mais pensando em estratégia eleitoral. Ainda assim, ocorreu em apenas um ano, 2019. Depois disso, nunca mais. Isso indica que era uma exceção, e o governo anterior deve ter avaliado que era um equívoco”, explicou o ministro.
Qual é o objetivo do governo?
O principal objetivo do governo é promover a geração de empregos e renda para permitir que a população conquiste seus direitos trabalhistas, incluindo o 13º salário. “Nossa meta é focarmos na inclusão socioeconômica. O maior objetivo é proporcionar oportunidades nas áreas de emprego e empreendedorismo, para que a população tenha renda suficiente. Assim, quem conseguir um emprego terá um salário, um 13º, férias e todos os benefícios previstos para o mundo do trabalho”.
O ministro Wellington Dias ainda reforça que o importante é manter os “princípios fundamentais” do programa. “Agora o desafio é assegurar pelo menos R$ 600 e garantir R$ 150 por criança de até 6 anos”, conclui.