O megainvestidor Luiz Barsi aumentou sua aposta na Taurus (TASA4) neste ano. Isso porque, de caordo com informações do último FRE (formulário de referência) divulgado pela fabricante neste mês, Barsi adquiriu meio milhão de ações da empresa desde maio.
Portanto, com a nova posição, Barsi foi de 2,1%, nas ações ordinárias para 2,9%; nas preferenciais, o percentual foi de 7,49% para 7,72%. Em suma, no total, o número de ações da Taurus em sua carteira saiu de 7,01 milhões para 7,57 milhões.
TASA4 dispara em meia a Guerra Em Israel
No último sábado (7), Israel enfrentou um ataque sem precedentes. O grupo terrorista islâmico Hamas lançou milhares de mísseis contra o país, ocasionando reações de apreensão nos mercados globais. Como consequência, o preço do barril de petróleo disparou, e as ações de petroleiras, como a Petrobras (PETR4), sofreram elevações notáveis. Um impacto similar foi sentido também na Taurus Armas (TASA4), que viu suas ações fechar em alta nessa segunda-feira (9).
A origem dessa tensão remonta a uma história longa e complexa de conflitos, que foram acentuados a partir da divisão da Palestina estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1947. Contudo, o que é de especial nota nessa situação recente é o impacto causado na Taurus Armas, uma fabricante nacional de armas. Em um único dia, os papéis da Taurus subiram mais de 2,22% e, na terça-feira (10), suas ações saltaram para R$ 16,50, uma elevação de 5,3%.
Quais são as relações da Taurus com Israel?
A Taurus tem histórico de exportações de armamentos para Israel, e essas vendas aumentaram mais de 700% apenas no primeiro semestre de 2023, passando de R$ 560 mil para R$ 4,9 milhões. Contudo, essa receita é relativamente pequena se comparada à receita total da empresa que ultrapassa R$ 800 milhões.
Ademais, a maior parcela da receita da Taurus é proveniente dos Estados Unidos, respondendo por 82,53% do total. Outros 12% desse montante estão relacionadas à vendas no mercado doméstico. Logo, ainda que haja um aumento da demanda por armas em Israel, o impacto na receita da empresa tende a ser mínimo.
Por que, então, as ações da Taurus ganharam força?
Embora a relação direta entre a Taurus e Israel seja pequena, há uma percepção de que eventos externos que gerem insegurança na população norte-americana, principal mercado da empresa, podem gerar valorização das ações. Ou seja, as tensões e o conflito vividos em Israel podem influenciar a demanda por armas nos EUA.
Quais são as expectativas para a Taurus?
Apesar do cenário desafiador e dos recentes conflitos em Israel, as projeções para a Taurus são de crescimento. A empresa tem demonstrado eficiência, controle de dívida e vem obtendo lucro, mesmo diante das restrições a armamentos pelo governo brasileiro e o esfriamento do mercado americano.
Ainda assim, a ação da empresa sobe 33% no acumulado do ano, o que reforça a visão de alguns analistas de que os ativos estão caros. Outros, no entanto, mantêm a recomendação de compra, enxergando a perspectiva a longo prazo positiva para os papéis da empresa.
Somente o tempo dirá o futuro da Taurus, assim como o desenrolar desse conflito que já afeta setores além dos diretamente envolvidos, como o mercado de ações e o preço do petróleo.