Maurício Moura, Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central (BC), esclareceu algumas questões pendentes sobre a taxa Selic e o sistema de transferências instantâneas, o Pix. Durante a transmissão ao vivo semanal do BC transmitida no Youtube, nesta segunda-feira (16), Moura reforçou que a utilização do Pix permanecerá gratuita para pessoas físicas e abordou o destino da taxa Selic.
Os boatos a respeito de uma possível taxação do Pix para pessoas físicas têm circulado na internet desde o seu lançamento em 2020. Em relação a estes, Moura deixou claro que não há planos para modificar o funcionamento atual. “Nunca houve intenção de cobrar imposto do Pix, não há proposta nesse sentido”, afirmou.
Perguntas frequentes sobre a permanência da gratuidade do Pix

O Diretor do BC também reiterou que a taxa para uso comercial do Pix é uma característica permitida desde o seu lançamento, não sendo uma novidade nem prevendo modificações. Diante dos constantes questionamentos, Moura foi enfático ao dizer que “não há intenção de que o Pix saia do Banco Central”.
O futuro da Taxa Selic
Outro ponto destacado na transmissão foi a estratégia política do BC em manter o ritmo de reduções da taxa Selic, atualmente em 0,5 ponto percentual por reunião. Essa decisão é tomada pelo Copom, Comitê de Política Monetária, composto por nove membros e que age de maneira unânime nas medidas tomadas. “A sinalização do Copom na reunião passada sobre o ritmo de 0,5 ponto foi uma unanimidade”, confirmou Moura, dissipando rumores sobre divergências no comitê.
Reconhecimento ao Banco Central pela invenção do Pix
O Banco Central, responsável pela criação do Pix, receberá o prêmio BRAVO Beacon of Innovation Award em reconhecimento à revolução que o sistema de pagamentos instantâneos causou no Brasil. A premiação, organizada pelo Council of the Americas (COA), será entregue no dia 20 de outubro em uma cerimônia em Miami, nos Estados Unidos. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, planeja estar presente no evento.
Este reconhecimento demonstra o impacto do Pix no sistema financeiro brasileiro. De acordo com um estudo do Banco Central, cerca de 71 milhões de brasileiros foram beneficiados com o Pix pelos benefícios e a facilidade de inclusão financeira. Portanto, a conclusão é que os Estados com menos agências bancárias foram os que mais utilizaram o sistema de pagamentos instantâneos.
Finalizando, a implantação do Pix continua gerando dividendos e reforça o compromisso do Banco Central na inovação da estrutura financeira no Brasil.