Os Estados Unidos têm feito fortes esforços para evitar que a guerra entre Israel e Hamas se espalhe pela região, pressionados pela possibilidade do Irã, grande rival de Israel, escalar o conflito. O governo americano realizou recentemente conversas reservadas com o Irã para advertir contra uma escalada dos conflitos, conforme o Assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
Enquanto as hostilidades se concentram na Faixa de Gaza, os EUA solicitaram ao Catar que transmitisse um aviso ao Hezbollah para não abrir uma segunda frente de guerra no norte de Israel. Nos últimos anos, o Catar se tornou um canal importante para negociações delicadas, tendo até mesmo influência sobre o Hamas, considerado grupo terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia, que realizou recentemente ataques surpresa matando mais de mil israelenses.
O papel do Catar nas negociações durante o Conflito entre Israel e Hamas

O Catar tem permitido canais de comunicação para conversas delicadas entre os EUA e outras nações, e neste caso particular, possui impacto substancial, uma vez que é o anfitrião do escritório político do Hamas. Este fator o torna relevante na atual situação de conflito.
Que medidas estão sendo tomadas?
Enquanto isso, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, empreendeu uma intensa turnê pelo Oriente Médio com o objetivo de obter a ajuda dos governos árabes para amenizar as consequências do conflito. Paralelamente, utilizou seu primeiro telefonema com seu homólogo chinês, o Ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, para solicitar que a influência da China na região fosse direcionada para o mesmo objetivo.
O exército israelense está preparado para realizar uma grande ofensiva terrestre em Gaza após sofrer seu ataque mais mortal em anos. O Irã, que fornece dinheiro e armas para o Hamas e o Hezbollah, prometeu que o seu chamado “eixo da resistência” responderá aos “crimes de guerra” de Israel.
O Conflito entre Israel e Hamas traz medo da guerra em várias frentes
Se Israel continuar sua ofensiva em Gaza “ninguém pode garantir controle sobre a situação e prevenir que o conflito se espalhe”, segundo o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian. Esse cenário levanta um alarme para a possibilidade de uma guerra em duas frentes, algo que Israel procura evitar a todo custo. Para isso, conta com o apoio dos EUA, que deslocaram navios de guerra para o Mediterrâneo oriental para desencorajar ações do Irã e seus aliados.