O cenário global se alvoroçou após o inesperado início do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza no último sábado (7). A propagação do estresse, entretanto, não se manteve circunscrita ao Oriente Médio, impactando os mercados globais na última segunda-feira (9). Isto afetou diversos ativos, variando desde o ouro e dólar até o petróleo.
Embora a instabilidade, o mercado acionário brasileiro exibiu uma performance consideravelmente favorável na semana passada, apresentando um avanço de 2,18% nos últimos cinco dias. O índice Ibovespa foi particularmente estimulado pelas organizações correlacionadas às commodities, notavelmente a Petrobras (PETR3;PETR4), com uma ascensão superior a 11% suas ações no mesmo período.
O Reflexo do Conflito nos Preços do Petróleo

Tal avanço deve-se primordialmente à recente valorização do petróleo. Aquele que é o principal produto energético mundial, experimentou um aumento expressivo em seus preços com as tensões crescentes em uma das áreas mais produtivas do planeta. Os investidores também recorreram a opções de investimento de menor risco, segundo os especialistas. Os três ativos de risco que mais valorizaram nos últimos cinco dias foram:
- Índice do dólar (DXY): +0,29%
- Ouro (onça-troy): +5,18%
- Petróleo Brent (barril referência internacional): +5,58%
Fuga para Ativos de Risco: Dólar, Ouro e Petróleo
Inicio por citar a moeda estadunidense, que evidenciou um fortalecimento contrastando a um coletivo de outras expressivas moedas globais — o índice que reflete tal variação é o DXY. A migração para essas moedas mais estáveis ocorre principalmente em tempos de crise, como é o caso da Argentina.
Importante ressaltar que a valorização frente ao peso do país hermano foi de mais de 3%. Não obstante, frente ao real brasileiro, a moeda encerrou a semana com queda de 1,64%. Esse comportamento reflete a crescente perspectiva de que não haverá expansão nos juros nos EUA em novembro.
Além dos Estados Unidos: Os Efeitos no Ouro
Quanto ao ouro, a elevação semanal chegou a 5,18%. Aproximadamente 3% desses ganhos foram observados na última sexta-feira (13). A baixa nos rendimentos dos Treasurys (os títulos do Tesouro estadunidense) e a deterioração no sentimento de risco favoreceram o ouro.
A Capital Economics destaca que, apesar do conflito entre Israel e Hamas ter iniciado na última semana, ele não influenciou diretamente a busca pelo metal precioso. Contudo, contribuiu para a queda dos Treasurys devido à procura por ativos de segurança alternativos, onde o ouro prevaleceu.