Na letra da música “Caminhos”, de Raul Seixas, quem busca um caminho para onde ir parece confuso, desesperançoso e com certo determinismo quanto ao futuro, como se para tudo e para todos, embora houvesse muitos caminhos, a vida se encarregasse de definir como tudo será. É assim que, muitas vezes, quem pouco da vida entende enxerga.
A vida lá fora confunde-se com a vida dentro da escola, onde se busca enxergar o mundo de fora pela ótica de dentro e o resultado dessa busca decepciona várias vezes, porque, na escola, o céu tende a ser mais colorido, as dores, mais temporãs, os conflitos, mais passageiros e o aprender é logo ali. Escola é o lugar em que se acredita nas potencialidades e na inteireza da pessoa humana.
Pensemos em quem orquestra tudo isso, de dentro e de fora da escola, de maneira que todos, gestores e famílias, percebam que tudo caminha bem, em direção ao excelente desenvolvimento das crianças e dos jovens.
Pensemos em quem, como se não houvesse amanhã, dedica todo o seu tempo hoje, para que, no presente e no futuro, os alunos e alunas aprendam como deverão ser: cidadãos e cidadãs globais, que enxerguem o outro pelo princípio da alteridade e que, com olhar crítico e com vistas à sustentabilidade, construam um mundo melhor.
A docência não é apenas uma tarefa, mas um caminho que exige dedicação, empatia, paciência e muita valorização. Aqui, no tempo presente, precisamos reconhecer o comprometimento dos docentes e das docentes e enxergar o quanto a convivência deles com os estudantes ajuda a desenvolver cidadãos melhores e mais conscientes de seu papel na sociedade.
Neste Dia do Professor, em um ano em que a Inteligência Artificial está a todo vapor, urge enaltecer a figura daqueles e daquelas que, de maneira analógica, tecnológica e cheia de amor, dedicam-se a se reinventar constantemente para proporcionar o melhor para alunas e alunos do Brasil.
Professor e Professora, feliz Dia!