
Em uma decisão recente, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) apresentou ao público um novo teto para as operações de crédito consignado. Esta nova determinação veio com uma taxa de 1,84% ao mês, representando uma queda de 0,07 pontos percentuais em relação ao limite anterior, que era de 1,91%. A medida foi oficializada nesta quarta-feira (11).
Além deste corte, também foi determinada a redução da taxa de crédito para o cartão de crédito consignado. Agora, este percentual caiu de 2,83% para 2,73% ao mês. Tais mudanças derivam de um esforço para alinhar essas taxas à recente queda da taxa de juros. Isso foi decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no final de setembro, quando declarou que a Taxa Selic deveria ser reduzida em 0,5 pontos percentuais – mudança que levou a taxa de 13,25% para 12,75%.
Como as instituições financeiras reagiram a essas mudanças?
A proposta de diminuição dos limites de juros de crédito consignado não é nova, tendo gerado resistência por parte de organizações financeiras desde o início do ano. O teto pré-determinado de 1,7% ao ano, proposta feita em março, desencadeou protestos dos bancos e até mesmo a suspensão de crédito para beneficiários do INSS. Essas instituições sugeriram ao CNPS que este novo limite fosse definido baseando-se na variação dos contratos de juros futuros com vencimento em dois anos. No entanto, o Conselho optou por aprovar a proposta inicial do governo.
O que significam essas alterações para o mercado?
Embora tenham havido resistências iniciais por partes dos bancos, essa queda nos juros do crédito consignado pode contribuir para dinamizar o mercado. Com taxas mais baixas, os beneficiários do INSS têm a possibilidade de contratar esses créditos com condições mais acessíveis, trazendo potenciais novos clientes para as instituições financeiras e impulsionando a circulação de recursos na economia.
Quais as previsões para o futuro das taxas de juros?
Após os cortes recentes, o Banco Central já deu indicações de que essas reduções deverão seguir. Essa diretriz está sendo observada com antecipação pelo setor financeiro e pelos consumidores que se beneficiam do crédito consignado. A depender de como o mercado e a economia reagirem à essa nova política de juros, novos ajustes podem ocorrer em breve.