
A popular empresa varejista, Lojas Americanas, possui uma relevante atualização a compartilhar sobre a situação financeira da empresa. Em uma reunião recente com bancos realizada nesta terça-feira, 10 de outubro de 2023, a empresa confirmou a capitalização da dívida da empresa no valor de R$ 12 bilhões, mais uma vez. O anúncio foi feito com o apoio de informações formais divulgadas em um fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Porém, a essência do plano de capitalização viu uma mudança significativa. Ajustes foram propostos na estrutura dos fundos a serem aportados pela Americanas. Anteriormente, um aporte de R$ 10 bilhões estava sendo considerado pelo trio de acionistas de referência, formado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Simultaneamente, se especulava uma futura capitalização adicional de R$ 2 bilhões, dependendo do desempenho financeiro da empresa.
Aguardada resposta dos bancos
O formato reformulado da proposta visa agora aportar os R$ 2 bilhões adicionais em um período mais curto, sem condições pré-definidas. Os bancos haviam demandado o aporte imediato desses R$ 2 bilhões projetados para o futuro, uma vez que alimentaria as esperanças de recuperação do crédito.
Como isso afeta a perspectiva financeira da Americanas?
A reestruturação total da capitalização (R$ 12 bilhões) também engloba R$ 2 bilhões provenientes de um empréstimo “debtor-in-possession”. Esse tipo de empréstimo é fornecido a empresas em processo de recuperação judicial e garante a prioridade de recebimento ao credor. Sendo assim, a Americanas já recorreu a duas parcelas desse montante – R$ 1 bilhão e outra de R$ 500 milhões – para manter as operações funcionando enquanto um acordo final não é concluído.
Expectativas sobre o acordo futuro
A Americanas assegurou que as negociações, que já estão em etapa avançada, permanecem com a promessa de pagamento integral das Classes I (trabalhista) e IV (micro e pequenas empresas) do processo de recuperação judicial. Opções de pagamento diferenciado para fornecedores, conforme detalhado no plano de recuperação judicial apresentado à Justiça em 20 de Março, também foram incluídas na discussão.