A gigante imobiliária chinesa, Evergrande, está sendo alvo de preocupações no mercado financeiro após desistir de um plano de reestruturação bilionário. Esta decisão tem o potencial de desencadear um “colapso incontrolável” no mercado imobiliário, segundo investidores experientes.
Durante dois anos, conversas foram conduzidas entre a Evergrande e seus acionistas para a elaboração de um plano de reestruturação que atingiria a marca de US$ 19 bilhões. Entretanto, um empecilho surgiu no caminho: a interferência de autoridades reguladoras, que impediram a emissão de novos títulos por parte da empresa, crucial para o seu esforço de reestruturação.
Por que os investidores estão preocupados?
Um grupo de investidores que detém mais de US$ 6 bilhões na Evergrande questionou a efetividade da empresa para obter o apoio das autoridades reguladoras e os verdadeiros motivos para a garantia dada para a aprovação do negócio. Espera-se que até o dia 30 de outubro, a Evergrande consiga convencer os reguladores a prosseguirem com o plano de reestruturação.
Qual o impacto real desta desistência para a economia chinesa?
Outras empresas do ramo imobiliário da China, que já estão enfrentando problemas de regulação e débito, podem ser severamente afetadas pela decisão da Evergrande. Caso a reestruturação offshore dessas empresas se torne inviável, a economia chinesa, que já tem enfrentado quedas devido à quebra do setor imobiliário e um declínio das exportações, enfrentará ainda mais pressão.
Colapso da Evergrande: o que esperar?
Após o cancelamento do plano de reestruturação da Evergrande, a companhia passou a dever o equivalente a US$ 332 bilhões, e a possibilidade de um colapso tem assustado investidores ao redor do mundo. A situação ficou ainda mais crítica uma semana após o cancelamento quando o presidente da empresa começou a ser investigado por suspeita de crime. Este cenário levou a uma venda acelerada das ações da Evergrande, que agora são negociadas a menos de 10 centavos.