
Durante uma manhã de sábado chocante do ano de 2023, o mundo foi despertado pelos relatos dos contundentes ataques promovidos pelo grupo islâmico Hamas contra Israel. O comandante militar do Hamas, Mohammad Deif, adiantou que essa ação sinalizava o início de uma grande operação, com o objetivo principal de pôr fim à ocupação considerada injusta. Israel, por sua vez, não demorou a reagir. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu lançou imediatamente a operação “Espadas de Ferro” e convocou reservistas do exército. Rapidamente, registraram-se cenas chocantes de prédios sendo bombardeados em Gaza.
Ao final do dia conturbado, estimativas da imprensa local apontaram um saldo aproximado de 500 vítimas fatais e 3 mil ferimentos. Diante desse cenário, especialistas começaram a ponderar sobre como esse conflito poderia repercutir na economia global, incluindo o preço do petróleo e a cotação do dólar, com destaque para como afetaria a economia do Brasil.
Quanto está o dólar hoje?
O dólar comercial hoje está sendo cotado a R$ 5,162 nas instituições financeiras. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está girando em torno de R$ 5,260. Vale lembrar que ontem, o dólar fechou em alta, sendo negociado a R$ 5,169.
Moeda | Compra | Venda |
---|---|---|
Dólar Comercial | 5,147 | 5,16 |
Dólar Turismo | 5,28 | 5,38 |
Qual o preço do petróleo hoje?
O petróleo hoje (8) opera em queda, com o barril tipo Brent, usado como referência para os preços dos combustíveis, caindo 0,10%, cotado a R$ 434,60
Qual é o Possível Desdobramento do Conflito Israel-Palestina na Economia Global?
Analisando o cenário atual, especialistas acreditam que é precoce afirmar que o conflito teria impactos significativos na economia global ou que afetaria o preço do petróleo ou o valor do dólar. Eles argumentam que o nível de risco tende a crescer à medida que o conflito armado se prolonga. Quanto mais tempo durar a guerra, maior a probabilidade de afetar commodities como petróleo e desvalorizar moedas no mundo todo.
Existe Uma Perspectiva de Conflito Prolongado?
Fernando Guida Sandoval, advogado e mestre em direito e economia pela Universidade de Chicago, e sobrinho-neto do celebrado chanceler brasileiro Oswaldo Aranha, tece considerações importantes. Ele sugere que é precoce presumir que grandes produtores de petróleo e gás aproveitem a situação para manipular o mercado. No entanto, levanta a possibilidade de uma aliança entre países como Arábia Saudita, Egito, Jordânia e Emirados Árabes com Israel para minimizar o avanço da guerra. No entanto, se a guerra se estender por mais tempo, ele reconhece que pode haver uma resposta oportunista que afetaria os preços do petróleo.
Como a Tensão no Oriente Médio Pode Afetar o Mercado de Petróleo e o Dólar?
O economista Ricardo Martins da Planner Corretora analisa a situação com mais cautela. Considera incertos elementos que poderiam estressar o mercado de petróleo e desestabilizar a cotação do dólar ligados a reações dos principais players desse mercado. Ele cita o caso do Irã, aliado tradicional do Hamas, e a possibilidade de um declínio nas negociações de paz entre Israel e a Arábia Saudita. Esses contextos poderiam introduzir instabilidade no mercado de petróleo e outras consequências econômicas.
O que significa isso para a economia dos EUA e do Brasil? Fernando Guida Sandoval acredita que, devido ao apoio dos EUA a Israel, podemos esperar uma valorização do dólar, sobretudo em economias onde o dólar desempenha um papel crucial. Isso poderia afetar também o Brasil, um grande produtor de commodities. Portanto, em meio a esse conflito, a volatilidade no mercado de petróleo e a instabilidade na cotação do dólar se tornaram elementos de grande preocupação para a economia global.