
No governo da recessão econômica, a Americanas, uma das maiores redes de varejo do Brasil, tem sido fortemente impactada. A empresa tem vivido uma realidade escorpiana, fechando lojas e demitindo funcionários em um ritmo acelerado. Durante o período de oito meses, de janeiro a setembro de 2023, a empresa fechou 95 lojas em todo o país.
Segundo relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em janeiro a Americanas possuía cerca de 1.880 lojas e atualmente conta com cerca de 1.785 pontos de venda. Tal fato representa em média, o fechamento de uma loja a cada 2,5 dias.
Por que a Americanas está fechando tantas lojas?
Acumulando dívidas de R$ 42,5 bilhões e passando por um processo de recuperação judicial, a situação da Americanas tem sido um desafio. A empresa enfrenta 16 ações de despejo por falta de pagamento, tendo já sido despejada de dois shoppings: o Plaza Sul, na zona sul de São Paulo e o Vitória, na capital do Espírito Santo.
Como a situação da Americanas tem afetado os funcionários?
Complementando os fechamentos de lojas, a Americanas tem dispensado um elevado número de funcionários. De acordo com o relatório, somente nas últimas quatro semanas entre 21 de agosto a 17 de setembro, a empresa demitiu 1.131 funcionários, dos quais 639 foram mediante pedidos de demissão. Embora a empresa afirme que este seja o movimento natural de alta rotatividade no setor varejista, as demissões tem gerado preocupações.
Quais são as próximas etapas para a Americanas?
Ainda em recuperação judicial, a Americanas se pronunciou ao mercado afirmando estar focando na manutenção de suas operações e na busca pela eficiência. Recentemente, anunciou a abertura de 1.200 vagas temporárias para a Black Friday e Natal. No entanto, a habilidade da empresa em cumprir essas metas e efetivamente se recuperar da crise econômica é algo que o tempo dirá.