
Em meio a oscilações diárias características do mercado financeiro, o dólar apresentou queda nesta sexta-feira, dia 6. O motivo para essa queda deporta uma novidade significativa: o relatório de empregos não-agrícolas, também conhecido como “payroll”, dos Estados Unidos, apresentou números acima do esperado.
A economia norte-americana gerou 336.000 novos postos de trabalho urbanos em setembro, superando as expectativas que previam a criação de 170.000 novas vagas. Esses dados, de acordo com os investidores, reforçam a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central Americano) continue a manter juros altos por mais tempo.
Como o mercado financeiro reagiu?
A reação inicial do mercado após a divulgação não foi das melhores. As bolsas de valores apresentaram queda e, por outro lado, se viu o aumento do rendimento dos títulos do Tesouro. O rendimento elevado aumenta a atratividade do dólar, levando à sua valorização global. Em contrapartida, hoje o dólar fechou com queda de 0,14%, sendo cotado a R$ 5,162.
Quanto está o dólar hoje?
O dólar comercial hoje está sendo cotado a R$ 5,162 nas instituições financeiras. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está girando em torno de R$ 5,260. Vale lembrar que ontem, o dólar fechou em alta, sendo negociado a R$ 5,169.
Moeda | Compra | Venda |
---|---|---|
Dólar Comercial | 5,159 | 5,16 |
Dólar Turismo | 5,28 | 5,372 |
Dólar comercial x dólar turismo: você sabe a diferença?
É crucial entender que o dólar comercial se refere a grandes volumes de moeda em circulação no mercado de câmbio. Isso engloba movimentações de recursos financeiros decorrentes de exportações, importações e transferências financeiras, geralmente realizadas por grandes empresas e bancos.
O dólar turismo, por outro lado, é a moeda adquirida por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou mesmo no cartão de crédito. Por serem compras de baixo volume, quando comparadas as operações de grandes empresas e instituições, as transações do dólar turismo possuem custo operacional mais alto, decorrente do transporte de notas e taxas de corretoras. Por isso, essa modalidade de dólar acaba sendo mais cara aos consumidores.
Afinal, por que o dólar cai?
Essencialmente, o valor do dólar é determinado pela sua disponibilidade no mercado brasileiro. Quando há uma grande quantidade de dólares no país, o preço tende a cair, e o inverso também é válido: com a baixa disponibilidade da moeda norte-americana, o preço do dólar tende a subir. O Banco Central também pode intervir na cotação, o que normalmente ocorre quando o valor do dólar dispara. Nesse caso, ele costuma usar parte das suas reservas para injetar dólares na economia e, com isso, a cotação tende a cair.
Quais os impactos da queda do dólar?
A desvalorização do dólar frente ao real pode trazer consequências significativas para a economia brasileira. Dentre os principais efeitos, podemos citar o estímulo às exportações brasileiras, a possível contenção da inflação e a atração de investimentos estrangeiros.
- Exportações: Com o real mais valorizado frente ao dólar, os produtos brasileiros tornam-se mais competitivos no mercado externo, o que impulsiona as exportações e favorece a balança comercial.
- Inflação: A queda da cotação do dólar pode contribuir para inibir a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
- Investimentos estrangeiros: Um real mais valorizado pode atrair mais investimentos estrangeiros ao Brasil, favorecendo o crescimento de diversos setores da economia.
Em suma, entender a dinâmica do mercado financeiro e suas implicâncias na economia é elementar para compreender o panorama econômico atual e suas tendências.