
O cenário mercadológico do Brasil parece desafiar até as marcas mais conhecidas quando as questões políticas e econômicas do país e do cenário internacional entram em cena. As consequências deste impacto externo podem ser observadas através dos números das grandes corporações, como é o caso da multinacional conhecida como Magazine Luiza.
Na última semana, a empresa sofreu uma queda de 16% na bolsa de valores dos Estados Unidos devido à percepção de um aumento na taxa de juros, o que levou o valor da sua ação a cair para R$1,78. É importante destacar que este fato ocorre em um momento onde a empresa tem apresentado mínimas recordes nos últimos seis anos, sendo que estas marcas negativas não eram observadas desde 5 de dezembro de 2017.
Por que a Magazine Luiza está sofrendo com a situação?
Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, explicou em uma de suas declarações que as empresas altamente alavancadas são justamente aquelas que sentem maior impacto nesse tipo de cenário. Isso porque, em um ambiente onde a curva de juros aumenta e a dívida se torna mais cara, estes negócios correm riscos cada vez maiores. Esse é um fenômeno que tem sido observado no varejo nos últimos meses.
O fim está próximo para a Magazine Luiza?
Apesar da notícia alarmante, diversos analistas que foram consultados pelo site Money Times afirmaram que não veem a ação da empresa em queda livre. Bruno Komura, analista de investimentos da Potenza Capital, posicionou-se em defesa dessa previsão, argumentando que o declínio do Magalu nos últimos tempos não foi um exagero.
O analista independente Hulisses Dias também comenta que o mercado pode apresentar reações irracionais caso o cenário externo se complique mais ainda ou se a reforma tributária aumente a complexidade do impasse.
Há espaço para recuperação?
Paulo Cunha, o CEO da iHUB Investimentos, continua otimista, afirmando que é difícil determinar se a ação já atingiu seu valor mais baixo. No entanto, Cunha admite que, para que a ação recupere, seria preciso um corte de juros, tanto em nível internacional como local, além de uma queda na inflação.