
As ações da Oi (OIBR3) saltam 17,24%, a R$ 0,68 nesta quinta-feira (5), às 10h50. Investidores reagem a notícia de que a operadora fechou um acordo com a TIM, Telefônica Brasil e Claro sobre ativos móveis por R$ 821,4 milhões.
Em suma, o Tribunal da Câmara Arbitral homologou nesta quarta que o valor do ajuste pós-fechamento da operação de venda dos ativos móveis da companhia em recuperação judicial. Dessa forma, ficou definido que o valor total devido à Oi pela aquisição da UPI Ativos Móveis é de R$ 15,19 bilhões, tendo como referência a data de fechamento da negociação. Na ocasião, em 20 de abril de 2022, a Oi havia recebido R$ 14,5 bilhões. Agora levantou mais R$ 821,4 milhões com o acordo.
Essa é a segunda vez nessa semana que a Oi vira destaque de notícia no meio corporativo. Isso porque, na última terça-feira (3), foi anunciado que a Sky voltou atrás na compra da “base DTH” da Oi. Basicamente, o acordo entre as empresas visava a compra da base de clientes pós-pagos do serviço de TV por assinatura via satélite da Oi para a Sky. Esse contrato era uma das bases para a primeira recuperação judicial da operadora.
Vale a pena destacar que, segundo informações do documento da Sky enviado a CVM, a empresa acabou desistindo do negócio um ano e meio após o anúncio por “não terem sido alcançados termos viáveis para a renegociação da transação”.
O contrato estava acinado desde abril de 2022 por cerca de R$ 786 milhões. Dessa forma, o acordo previa que a Oi iria transferir a base DTH e prestar serviços relacionados à infraestrutura do sistema de TV por internet (IPTV) para a Sky. Além disso, o contrato fazia parte da primeira ação judicial da Oi (OIBR3). Atualmente a empresa de telecomunicações está em sua segunda recuperação judicial.
Portanto, em resposta a desistência da Sky, a Oi afirmou que as duas empresas tiveram “sucessivas interações” sobre o negócio e houve uma “colaboração integral da Oi” para a realização da due diligence, etapa fundamental para fusões ou aquisições.
Em suma, a Oi afirmou ainda que, caso as novas discussões com a SKY sobre as consequências da desistência do negócio não avancem, a empresa “avaliará as medidas cabíveis para resguardar os seus direitos”.