No primeiro semestre de 2023 o Brasil registrou mais de 8 mil denúncias de assédio moral e sexual, mais do que ano anterior inteiro. Os dados foram disponibilizados pelo Ministério do Trabalho, mas a prática está longe de acontecer apenas no âmbito profissional, a cultura do assédio está também dentro de escolas e universidades.
O episódio mais recente e amplamente divulgado, aconteceu durante os jogos universitários de vôlei feminino. Um grupo de estudantes homens tirou a roupa e simulou masturbação durante a partida. O vídeo viralizou nas redes sociais e parte dos envolvidos foram banidos da instituição.
Mas esse é um problema que está longe de ser pontual.
No último estudo realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informaçãom (Cetic) mostrou que 26% dos alunos de escolas públicas e privadas do país relatam ter passado por humilhações nas redes sociais, com fotos e vídeos postados sem consentimento além de bullying virtual.
O assédio em escolas e universidades é um problema sério que afeta a segurança, o bem-estar e o desempenho dos estudantes. É crucial criar um ambiente educacional onde todos se sintam respeitados e livres de qualquer forma de assédio. No contexto brasileiro, é importante reconhecer que o assédio muitas vezes está enraizado em aspectos culturais e sociais.
Confrontar a cultura do assédio requer um esforço conjunto, incluindo educação, conscientização e mudanças nas atitudes, garantindo que cada estudante tenha a oportunidade de crescer e aprender em um ambiente seguro, livre do peso do assédio cultural que infelizmente persiste em algumas partes do Brasil.