
Na próxima quarta-feira (20), acontecerá mais uma decisão de política monetária, tanto aqui no Brasil, com a reunião do Copom realizada pelo Banco Central, quanto nos EUA, com a reunião FOMC realizada pelo Federal Reserve (Fed), dia também conhecido como super quarta.
O mercado aguarda ansioso pelas duas decisões, que são um dos indicadores mais importantes para a economia do país. Enquanto ela não sai, analistas avaliam que provavelmente o BC aqui do Brasil vai optar por reduzir os juros em 0,50 ponto porcentual na super quarta, o que levará os juros para 12,75%. Já nos EUA, a expectativa é para que o Fed realize a manutenção da taxa de juros atual.
Mediante a esse cenário, o gestor da Mirante Investimentos, Frederico Castro, indicou alguns dos setores que devem estar no radar dos investidores porque vão se beneficiar da queda de juros aqui no Brasil. Para ele, existem dois setores específicos que serão mais beneficiados em um cenário de inflação controlada e queda de juros, são eles o varejo e as construtoras.
“Esses setores são mais beneficiados porque, quer queiram, quer não, estamos falando de mais renda disponível para o consumidor gastar em vestuário, alimentação e etc, e também para que ele possa adquirir seu imóvel com juros menores”, explica o gestor em participação na programação da BM&C News.
“No entanto, quando olhamos as performances de ações mais recentes, desde o momento que tivemos a primeira sinalização e queda dos juros, esses dois setores acabaram performando muito mal e eu acho que por questões muito diferentes”, diz Castro alegando que no setor de home buildings houve uma antecipação da expectativa para queda de juros, levando a uma correção técnica. “Nesse setor, agora é esperar um pouco para que as boas notícias transitem nos resultados dessas empresas através de melhores margens”.
Já para o varejo, Frederico explica que por mais que o mercado enxergue sinais de que as coisas vão melhorar, o terceiro trimestre de 2023 ainda será mais lento em termos de resultados.
“Essas empresas também podem ser muito impactadas nos seus lucros em função de duas questões. Uma delas é a potencial extinção do JCP (Juros sobre capital próprio), e a outra medida, que eu acho que é a que traz mais impactos é a questão dos créditos de ICMS”, explica o gestor, alegando que o varejo passa por um momento de muito ruído e que, a medida que essas incertezas saírem do radar do mercado, o varejo deve voltar a performar melhor.
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