A Financial Conduct Authority (FCA) propôs orientações que regulamentam a forma como os produtos financeiros podem ser divulgados em redes sociais. Com essa novidade, o regulador britânico espera limitar “danos significativos aos consumidores” decorrentes de promoções inadequadas e ilegais.
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A iniciativa evidencia as preocupações da FCA com os “finfluencers” (influenciadores digitais de finanças), que não raro promovem produtos arriscados para seus seguidores, bem como com empresas que contratam celebridades das redes sociais para propagandear seus serviços.
“Os consumidores têm um alto nível de confiança nos finfluencers, mas seus conselhos muitas vezes podem ser enganosos”, alertou a FCA. “Frequentemente, esses influenciadores têm pouco conhecimento sobre o que estão promovendo. Essa falta de expertise é refletida no grande número de promoções que são ilegais ou não estão em conformidade.”
Segundo a FCA, uma pesquisa feita pela consultoria MRM mostra que quase três quartos dos jovens dizem confiar nas informações fornecidas pelos influenciadores digitais. Uma pesquisa de 2021 feita pela própria FCA também constatou que quase 60% das pessoas com menos de 40 anos que investiram em produtos de alto risco basearam suas decisões em postagens publicadas em redes sociais ou em notícias.
Por isso, uma das propostas da FCA é que as instituições financeiras se responsabilizem por monitorar os influenciadores que divulgam seus produtos, com o objetivo de garantir que eles estejam se comunicando de forma responsável com os clientes. Cabe ressaltar que mesmo firmas não sediadas no Reino Unido terão que cumprir as regras caso suas promoções estejam disponíveis para consumidores da região.