
A Petrobras (PETR3; PETR4) comunicou ao mercado que a política de dividendos da companhia deve apresentar mudanças. Segundo a estatal, a ideia está em aperfeiçoamento e deve ser discutida no conselho de administração até o final deste mês.
O comunicado confirma o que havia sido antecipado pelo diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Caetano Leite. Ele afirmou também que os proventos referentes ao segundo trimestre de 2023 devem apresentar a nova regra.
Apesar disso, a Petrobras deve realizar o pagamento bem acima do mínimo legal, de 25%, mas em porcentual do fluxo de caixa livre abaixo de gestões anteriores.
Para Rodrigo Glatt, sócio da GTI, a queda já era esperada, mas deve manter um patamar maior do que o consenso do mercado.
“A queda na distribuição de dividendos já era esperada, mas de uma forma mais intensa do que estavam anunciando”, afirmou Glatt, em entrevista à BM&C News. “Esperava que fossem trazer para o patamar mínimo, que é distribuição de 25% do lucro e, na verdade, não vai acontecer isso.”
Glatt acredita que a entrega dos proventos deve ficar cerca de 50% do lucro, diferente dos 100% de distribuição do lucro que teve nos últimos dois anos.
As recentes altas que a Petrobras registrou, destaca o sócio da GTI, vieram sobretudo pelo fato de que antigos temores em relação à Petrobras, como interferência nos preços dos combustíveis ou mudança de investimentos para produtos menos lucrativos para a estatal.