
Os bancos estão unânimes na crença de que o Banco Central promoverá um corte na taxa básica de juros, a Selic, já em agosto, na próxima reunião do Copom, conforme mostrou a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta segunda-feira (10).
A Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas mostrou que é esperado a flexibilização se inicie de maneira mais moderada, com um corte de 0,25 ponto percentual. Depois, a expectativa é que acelere para 0,50 p.p. nos próximos encontros, levando a Selic para 12% no final de 2023.
O levantamento, realizado com 19 bancos entre os dias 28 de junho e 4 de julho, mostrou que a ligeira maioria dos analistas – 52,6% – consultados acreditam que o juro real neutro esteja em 4,5%, indo ao encontro da alteração promovida pelo Banco Central na último reunião do Copom. Já para o restante dos participantes – 47,4% -, a taxa neutra está estimada em um patamar acima de 5%.
Quanto aos impactos do ambiente externo sobre a condução da política monetária do BCB, a maioria (73,7%) entende que os riscos estão bem equilibrados, e que não devem prejudicar o plano de voo do colegiado, disse a Febraban.
Sobre a expansão do mercado de crédito para as famílias, a pesquisa apontou para uma melhora, indicando que o crédito deve crescer tanto em recursos livres quanto em direcionados. A carteira livre deverá avançar 9,3% neste ano, ante 8,5% do levantamento anterior (maio), e a estimativa de alta do crédito direcionado é de alta de 10,7% (antes era 9,6%).