
Os índices futuros dos Estados Unidos sobem nesta sexta-feira (30), uma vez que os investidores ficam em compasso de espera para o indicador de inflação favorito do Federal Reserve. Às 9h30, o Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) será divulgado, e a expectativa para o núcleo do PCE é de estabilidade em 4,7% em maio.
Com a persistência dos núcleos e o mercado de trabalho apertado, o mercado coloca praticamente como certo que o BC norte-americano promoverá um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. Segundo dados do FedWatch, do CME Group, essa é a opinião de mais de 85%. O próximo encontro do Fomc serão nos dias 25 e 26 de julho.
No Brasil, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter a meta de inflação em 3% para 2026 e mudou o regime para uma meta contínua a partir de 2025. A decisão, apoiada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é vista como positiva pelo mercado e já levou a uma projeção de queda da Selic ainda maior para este ano e o próximo.
Na agenda econômica, o principal destaque local será a taxa de desemprego brasileira, com a projeção apontando uma queda para 8,3% no trimestre encerrado em maio. Para encerrar a bateria de divulgações do BC nesta semana, a autarquia divulga dados do setor público consolidado.
Ásia e Europa
Os mercados da Ásia fecharam mistos nesta sexta, no último dia de negociação do primeiro semestre do ano. Na China, o Índice de Gerente de Compras (PMI) industrial subiu para 49,0 em junho, de 48,8 em maio, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do país.
As bolsas europeias registram alta nesta manhã, com os investidores reagindo aos dados divulgados mais cedo, como dados de inflação e taxa de desemprego na zona do euro.
A inflação da zona do euro segue desacelerando e atingiu 5,5% em junho na base anual, ante 6,1% em maio, de acordo com dados preliminares do Eurostat. Na comparação mensal, o Índice de Preços ao Consumidor do bloco teve alta de 0,3%. O núcleo da inflação, sem os componentes mais voláteis de energia e alimentos não processados, mostrou-se mais persistente e voltou a registrar leve aceleração em junho ante maio e ficou em 5,4% na base anual. Tanto o IPC cheio quanto o núcleo ficaram levemente abaixo das expectativas de mercado.
A taxa de desemprego da zona do euro apontou estabilidade em 6,5% em maio e ficou dentro das expectativas do mercado (6,6%), segundo dados com ajustes sazonais divulgados. O Eurostat estima que o número de pessoas sem emprego na região seja de aproximadamente 11 milhões no período.
Além disso, no Reino Unido, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 0,1% no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior e subiu 0,2% na comparação anual. Ambos ficaram dentro do esperado.
Na Alemanha, por sua vez, a taxa de desemprego ficou em 5,7% em junho, uma leve alta ante maio (5,6%) e acima das expectativas (5,6%). As vendas no varejo alemão cresceram 0,4% em maio ante abril, ante projeção de estabilidade, e acumularam queda de 3,6% na base anual.
Agenda econômica
- 3h – Reino Unido: PIB (1T23)
- 3h – Alemanha: Vendas no Varejo (Maio)
- 3h – Alemanha: Taxa de Desemprego (Junho)
- 6h – Zona do Euro: Índice de Preços ao Consumidor (Junho)
- 6h – Zona do Euro: Taxa de Desemprego (Maio)
- 8h30 – Brasil: Setor Público Consolidado (Maio)
- 9h – Brasil: Taxa de Desemprego
- 9h30 – EUA: PCE e Núcleo do PCE (Maio)
- 10h15 – Brasil: Indicador de Incerteza da Economia Brasil (Junho)
- 11h – EUA: Confiança do Consumidor – Michigan (Junho)