
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é uma das principais formas de ingresso no ensino superior no Brasil, e sua realização anualmente desperta grandes expectativas e ansiedade entre os jovens. No entanto, o peso e a pressão que o vestibular, incluindo o ENEM, exerce sobre os estudantes podem ter um impacto significativo na saúde mental dessa parcela da população.
A preparação para o ENEM demanda longas horas de estudo, abdicação de atividades de lazer e até mesmo uma reorganização da rotina diária. Essa intensa dedicação pode levar a altos níveis de estresse, ansiedade e até mesmo depressão entre os jovens, que se sentem pressionados a alcançar resultados excepcionais para conquistar uma vaga em uma universidade. A competição acirrada e a sensação de que o futuro depende de um único exame podem agravar ainda mais esses sentimentos negativos.
É importante ressaltar que a saúde mental dos estudantes deve ser uma preocupação prioritária. O estresse excessivo e a pressão constante podem afetar o desempenho acadêmico, prejudicar o bem-estar emocional e até mesmo levar a consequências mais graves, como o desenvolvimento de doenças mentais. Nesse contexto, é fundamental que os órgãos responsáveis pela organização do ENEM e das demais provas vestibulares estejam atentos a essa questão, oferecendo apoio psicológico e orientações sobre manejo do estresse aos estudantes.
Além disso, é importante que a sociedade em geral reconheça a importância de valorizar outras formas de acesso ao ensino superior, como processos seletivos que levem em conta critérios socioeconômicos e habilidades específicas. Dessa forma, poderemos diminuir a pressão excessiva sobre os jovens e contribuir para a construção de um ambiente mais saudável e equilibrado durante essa etapa crucial de suas vidas.