
Com a questão do teto da dívida resolvida, os índices futuros dos Estados Unidos operam entre perdas e ganhos nesta segunda-feira (5), uma vez que os investidores ficam atentos aos próximos passos do Federal Reserve sobre os juros. A agenda de hoje conta com dados de atividade de serviços e composto nas principais economias.
Outro fator de repercussão no mercado é o corte voluntário de petróleo por parte da Arábia Saudita, após reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+). O país anunciou a redução na produção de 1 milhão de barris por dia a partir de julho. Com isso, os preços da commodity registram alta nesta segunda.
No Brasil, a semana será de liquidez reduzida devido ao feriado de Corpus Christi na quinta-feira (8), que fecha os mercados, afetando as negociações na sexta-feira (9). O mercado fica atento aos dados do IPCA no meio da semana, que poderão incentivar um potencial corte na taxa Selic já em agosto.
No cenário político, a atenção se volta para as pautas econômicas do governo. O novo arcabouço fiscal segue tramitando nas comissões do Senado, com chance de sofrer uma alteração no texto. Na reforma tributária, por sua vez, o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro, deve apresentar o relatório amanhã.
Ásia e Europa
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda, depois que dados econômicos despertaram as esperanças dos investidores de que a economia dos Estados Unidos resistiria ao aumento das taxas de juros, diminuindo as preocupações sobre uma possível recessão.
Além disso, os investidores também analisaram os dados de atividade na China. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços da China subiu de 56,4 em abril para 57,1 em maio, acima das do consenso de mercado de 55,2 para o período, conforme mostraram dados do S&P Global, em parceria com Caixin.
Na Europa, os mercados do continente operam mistos e dentro da estabilidade nesta manhã, depois de fecharem em alta na sexta-feira, com os investidores digerindo o acordo do teto da dívida dos Estados Unidos, além dos dados de inflação e de atividade da zona do euro.
O Índice de Preços ao Produtos (IPP) da zona do euro teve uma queda de 3,2% em abril na comparação com março, segundo dados da agência oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat. O resultado ficou levemente abaixo das expectativas do mercado, que projetava baixa de 3,1% para o período. Com isso, a taxa anual do índice desacelerou de 5,5% em março, conforme dados revisados, para 1,0% em abril.
Agenda econômica
- 8h – Alemanha: Balança Comercial (Abril)
- 4h55 – Alemanha: PMI Composto e de Serviços (Maio)
- 5h – Zona do Euro: PMI Composto e de Serviços (Maio)
- 5h30 – Reino Unido: PMI Composto e de Serviços (Maio)
- 6h – Zona do Euro: Índice de Preços ao Produtor (Abril)
- 8h25 – Brasil: Boletim Focus
- 10h – Brasil: PMI Composto e de Serviços (Maio)
- 10h45 – EUA: PMI Composto e de Serviços (Maio)
- 11h – EUA: Encomendas à Indústria (Abril)
- 11h – EUA: PMI Não-manufatura – ISM (Maio)