
Nesta quinta-feira (3), o professor e economista, Alexandre Cabral, comentou e exemplificou como o setor bancário é afetado pela marcação a mercado.
Nesse sentido, Cabral exeplificou para ficar claro, “Imagina que no dia 3 de maio de 2020 um investidor comprou um título americano com 10 anos para o vencimento”.
O professor destacou que, na época o governo prometeu ao investidor remunerar 0,65%. “Portanto, o investidor entregou para o governo nesta data, aproximadamente U$ 94 para receber dez anos depois U$ 100”, disse.
Seguindo essa linha de raciocínio, Cabral explicou se atualizar esse título pela taxa de 0,65%, ele estaria valendo ontem U$ 95, então ele saiu de U$ 93,80 a três anos atrás, para U$ 95,58 ontem.
Portanto, o professor destacou que daria um resultado de U$ 1,78 no decorrer de 3 anos. No entanto, o juros dos Estados Unidos saiu de 0,65% para 3,38%.
“Então essa pequena alta do título que deveria valer U$ 95,58, agora está valendo U$ 80,63”, afirmou. Sendo assim, só de marcação a mercado existe uma diferença de U$ 13. “Se incorporar a diferença da curva com a marcação a mercado vai para quase U$ 15 da operação, ou seja, perdeu 15% em três anos aplicando no título de dez anos lá fora.