
Após a decisão de política monetária do Federal Reserve e as declarações do presidente da instituição, Jerome Powell, os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos nesta quinta-feira (4), próximos da estabilidade. O mercado recebeu bem a indicação de uma potencial pausa nas altas de juros, mas não gostou da intenção do Fed de não cortar juros este ano.
Somado aos últimos acontecimentos, os investidores precisarão acompanhar com atenção a crise bancária, que ganhou novos capítulos. O PacWest Bancorp (Nasdaq: PACW) estaria estudando uma possível venda, segundo informações da Bloomberg, o que levaria a ser a quarta vítima da recente crise. No pré-mercado, as ações do PacWest desabam 40%.
Na Europa, as atenções se voltam para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que deve elevar os juros em 0,25 ponto percentual, mas não está descartado um aumento de 0,50 p.p. nesta reunião. Em seguida, a presidente do BCE, Christine Lagarde, comentará sobre a decisão.
No Brasil, o mercado reagirá ao comunicado do Banco Central, que seguiu com a taxa Selic em 13,75%, conforme esperado. A autarquia tentou enviar uma mensagem mais amena, mas ainda firme, dizendo que o cenário de uma retomada do ciclo de alta é “menos provável”. Porém, não sinalizou quando pretende iniciar o corte dos juros.
A bolsa de valores também será movimentada com a temporada de balanços. Ontem, diversas companhias divulgaram seus resultados, enquanto várias outras anunciarão hoje, como Bradesco (BBDC4), Eletrobras (ELET3) Via (VIIA3), Braskem (BRKM5), Assaí (ASAI3), entre muitas outras.
Ásia e Europa
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) elevar juros na véspera e dados mostrarem que a atividade manufatureira chinesa está em contração. O PMI industrial da China recuou para 49,5 abril, indicando que a manufatura da segunda maior economia do mundo voltou a se contrair, depois de se estabilizar no mês anterior, conforme mostrou a pesquisa do S&P Global/Caixin. No Japão, não houve negócios hoje pelo segundo dia consecutivo devido a feriados.
Os mercados europeus operam em baixa nesta manhã , com os investidores globais reagindo ao aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve, enquanto aguardam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
O Índice de Preços ao Produtos (IPP) da zona do euro teve uma queda de 1,6% em março na comparação com fevereiro, segundo dados da agência oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat. O resultado ficou levemente acima da expectativa pelo mercado, que projetava baixa de 1,7% para o período. Com isso, a taxa anual do índice desacelerou de 13,3% em fevereiro, conforme dados revisados, para 15,9% em março, dentro da projeção.
Agenda econômica
- EUA: Balanços de ConocoPhillips, antes da abertura, e de Apple e AIG, após o fechamento do mercado
- Brasil: Balanços de Embraer, antes da abertura, e de Alpargatas, Ambev, Assaí, Bradesco, CCR, Cemig, Eletrobras, Engie, Fleury, Grupo Soma, Petz, Rumo e Via, após o fechamento do mercado
- Japão: Feriado do Dia da Natureza deixa mercados fechados
- Alemanha/S&P Global: PMI composto final de abril e PMI de serviços (4h55)
- Zona do euro/S&P Global/HCOB: PMI composto final de abril e PMI de serviços (5h)
- Fipe: IPC de abril (5h)
- Reino Unido/S&P Global/CIPs: PMI composto final de abril e PMI de serviços (5h30)
- Zona do euro/Eurostat: PPI de março (6h)
- França/OCDE: CPI de março (7h)
- Zona do euro: BCE divulga decisão monetária (9h15)
- EUA/Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego da semana até 29/04 (9h30)
- EUA/Deptº do Comércio: balança comercial de março (9h30)
- Zona do euro: Presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de coletiva de imprensa (9h45)
- Brasil/S&P Global: PMI composto de abril e PMI de serviços (10h)
- Mundo/S&P Global/JPMorgan: PMI global industrial de abril (12h)
- China/S&P Global/Caixin: PMI composto final de abril e PMI de serviços (22h45)