A frase “Sell in may and go away” (venda em maio e vá embora, em tradução livre) é bem conhecida dos investidores da bolsa. A expressão se refere a uma possível vantagem para os investidores que venderem suas ações até o mês de maio, que assim manteriam retornos melhores.
Mas será que ela realmente faz sentido? Durante o programa Abertura de Mercado, da ActivTrades, o especialista Marco R. Simonetto apresentou dados da revista Barron’s, especializada em mercado financeiro.
Eles mostram que de 1945 até 2019, o S&P500, o principal índice de ações dos Estados Unidos, subiu em média 5% entre os meses de novembro e abril.
Já entre os meses de maio e outubro, a alta média do S&P500 neste período analisado foi de 2%.
Quando observamos uma outra janela de tempo bem menor, entre 2015 e 2020, o rendimento médio do índice S&P entre novembro e abril foi de 3,76%. No mesmo período, o índice rendeu 3,26% na janela que compreende os meses de maio até outubro – portanto, uma diferença bem menor.
Considerando apenas os últimos 3 anos, Simonetto fez um levantamento por conta própria. O resultado foi o seguinte:
— Novembro de 2020 até abril de 2021 – alta de 27,87%
— Maio de 2021 até outubro de 2022 – queda de 7,39%
— Novembro de 2022 até abril de 2022 – alta de 6,73%.
“Realmente, o histórico mostra que nos últimos anos, o desempenho até maio foi superior ao do restante do ano. Mas será que sempre vale a pena vender tudo e só voltar para a bolsa em novembro?” questiona o especialista.
Segundo ele, tem várias alternativas para este tipo de situação. Uma delas seria alterar o portfólio, em vez de simplesmente vender tudo. “Você pode mudar o seu portfólio de cíclico para anti-cíclico. Com isso, o seu desempenho não será igual ao do índice”, afirma.
Uma outra estratégia, que pode ser utilizada principalmente pelos investidores conhecidos como “buy and holders” (que compram e seguram, em tradução livre), é aproveitar o momento de queda da ação para comprar mais.
“Você tem a oportunidade de comprar aquilo que queria, por um preço mais barato, sabendo que suas análises apontam para alta no longo prazo”, destaca. “Esse é o famoso pensamento “contra-intuitivo”, que é bastante difundido pelo escritor e investidor Nassin Taleb”, continua o especialista.
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