
O Banco Central Europeu (BCE) divulgou a ata da última reunião de política monetária nesta quinta-feira (20) e destacou a necessidade de persistir no combate à inflação, que segue inaceitavelmente alta.
“A política monetária ainda tem um longo caminho a percorrer para reduzir a inflação (…) Observou-se que, diante do risco de persistência da dinâmica inflacionária, a política monetária do BCE também deve ser persistente”, afirmou a ata.
O BCE afirmou ainda que uma análise mais aprofundada sobre a força dos efeitos de condições financeiras mais restritivas foi necessária. “Por um lado, considerou-se que no passado o efeito da política monetária havia sido continuamente superestimado, o que poderia acontecer novamente”, disse.
“Por outro lado, assinalou-se que, devido aos longos desfasamentos de transmissão, os efeitos das subidas das taxas de juros desde julho de 2022 ainda não se tinham concretizado na íntegra, existindo o risco de subestimar o impacto do aperto da política monetária”, completou o BCE.
Os membros da autoridade monetária também falaram sobre a potencial crise bancária global, principalmente após o caso do Credit Suisse. A ata do BCE mostrou que as condições de crédito ficaram mais restritivas.
“Quanto à avaliação da orientação da política monetária, os membros concordaram amplamente que o crédito bancário ficou mais caro desde a última reunião de política monetária, refletindo uma transmissão contínua de uma política monetária mais restritiva”, afirmou.
No dia 16 de março, o Banco Central Europeu (BCE) cumpriu o que era esperado pelo mercado e decidiu elevar as taxas de juros em 50 pontos-base, seguindo o ritmo de alta da última reunião e conforme antecipado. O próximo encontro da autoridade monetária europeia será no dia 4 de maio.