A temporada de resultados nos Estados Unidos está começando e nesta sexta-feira (14) o mercado aguarda ansiosamente pelo balanço de grandes bancos. “Este é o dia em que o JP Morgan, maior banco dos EUA divulga seus números. Outro banco que vai apresentar balanço é o Wells Fargo, que tem uma presença muito forte em varejo, especialmente em hipotecas. E também teremos o Citi”, afirma William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, em entrevista à BM&C.
Segundo ele, a expectativa é grande em relação à apresentação destas instituições porque elas podem dar uma boa indicação sobre as perspectivas para a economia dos EUA.
“Eu diria que os primeiros resultados anunciados na sexta-feira serão extremamente importantes. Isso porque a contabilidade bancária exige que os bancos provisionem. Eles precisam ‘olhar para frente’ e se preparar para uma crise. Por isso, se os bancos acharem que têm recessão à vista nos EUA, eles irão provisionar mais neste balanço”, explica o especialista.
Alves aponta que foi exatamente isso que aconteceu no quarto trimestre do ano passado. “O JP Morgan logo de cara falou em recessão nos EUA, depois o BofA também falou.
Em relação aos números das empresas – e se haverá impacto da crise de crédito e desaceleração econômica nos balanços – o estrategista da Avenue acredita em uma redução média entre 5% a 10% nos lucros do S&P500, principal índice de ações da Nyse.
Em termos setoriais, obviamente teremos resultados diferentes. Esperamos números piores no segmento Tecnologia. Já quem deve puxar para cima os lucros do S&P 500 continuam sendo o setor de energia e industrial e de consumo básico e farmacêutico, que consegue pelo menos repassar a inflação”, pontua Alves.
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Veja o trecho da entrevista: