
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) confirmaram nesta segunda-feira (3) um corte na produção de petróleo, que coloca o mercado global em alerta. A decisão leva preocupações de que a inflação pode permanecer alta por mais tempo, aumentando a pressão sobre os consumidores.
Segundo o anúncio, com o corte dos paises do cartel, mais a queda de produção da Rússia em 500 mil barris por dia (bdp), o total de oferta do petróleo que será reduzido ao mercado será de 1,66 milhão bpd. O próximo encontro da Opep será no dia 4 de junho
País | Corte de petróleo (barris por dia) |
Arábia Saudita | 500 mil |
Rússia | 500 mil |
Iraque | 211 mil |
Emirados Árabes Unidos | 144 mil |
Kuwait | 128 mil |
Cazaquistão | 78 mil |
Argélia | 48 mil |
Omã | 40 mil |
Total | 1,66 milhão |
Com o anúncio surpresa, os preços da commodity dispararam e começaram a surgir questões de até quanto o preço pode alcançar.
As chances do petróleo alcançar os US$ 100 por barril “certamente aumentou após essas medidas”, de acordo com Daniel Hynes, estrategista de commodity da ANZ Group. Conforme mostrou levantamento da Bloomberg, a decisão é um forte sinal de que o cartel irá sustentar os valores.
Para o Goldman Sachs, a combinação de corte da Opep e da Rússia pode levar a commodity a atingir US$ 95 por barril em dezembro deste ano e a US$ 100 para dezembro de 2024. O banco norte-americano afirmou ainda que o impulso para a demanda global de petróleo é positivo em meio a uma forte recuperação na China e margens de refino resilientes.