
O Banco Central indicou que, após ter chegado ao valor máximo de 7,8% no último trimestre do ano passado, a taxa de juros real projetada é de 7,7% e 7,8% no primeiro e segundo trimestres de 2023, respectivamente. A estimtiva está no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado pelo BC nesta quinta-feira (30).
“A taxa de juros real neutra utilizada nas projeções é de 4,0% a.a. no horizonte considerado’, afirmou a autarquia. “No
último trimestre de 2020, a taxa de juros real entrou em trajetória rapidamente ascendente, alcançando valor máximo de 7,8% no quarto trimestre de 2022.”
O BC também fez projeções para a taxa de juro real nos próximos anos: “A projeção é de taxa de juros real de 7,7% e 7,8% nos dois primeiros trimestres de 2023, respectivamente, passando então a cair a partir do terceiro trimestre, um trimestre depois do que ocorria no Relatório anterior. A taxa de juros real nessa métrica atinge 7,0% ao final de 2023, 5,6% ao final de 2024 e 4,8% ao final de 2025, acima ainda da taxa real neutra considerada, de 4,0%”.
Para a inflação, o Banco Central estimou uma queda nos próximos meses, levando os preços ao consumidor de 5,60% em fevereiro para 3,79% em junho: “As projeções de curto prazo consideram variações de 0,87% em março, 0,63% em abril, 0,28% em maio e 0,29% em junho”.
Apesar disso, com a desoneração tributária sobre os combustíveis, o BC espera que a inflação volte a subir no terceiro trimestre,
O crescimento do Brasil, por sua vez, deve atingir 1,2% este ano, um aumento em consideração a última previsão da autarquia no RTI.
Pelo lado da oferta, o BC manteve a estimativa para a expansão da agropecuária de alta de 7,0%, enquanto a revisão para a indústria foi de variação zero para 0,3%. O Banco Central também mudou a previsão de crescimento de serviços para 1,0%, ante 0,9%.
Pelo lado da demanda, o RTI informou alteração de 1,2% para 1,5% na expectativa de crescimento do consumo das famílias e de 1,1% para 0,7% previsão de alta do consumo do governo.