
O Ibovespa registra alta nas negocições desta segunda-feira (27), com o mercado no aguardo da definição do novo arcabouço fiscal, uma vez que a viagem de Lula à China foi adiada. Além disso, o impasse entre Arthur Lira e Rodrigo Pacheco no Congresso também segue no radar.
Por volta das 13h35, o principal índice da bolsa brasileira opera em alta de 0,73%, cotado a 99.554 pontos.
O foco volta a ser o anúncio do arcabouço fiscal, uma vez que é esperado que Lula retome as conversas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o tema. Ainda no cenário político, segue o conflito entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, para analisar as medidas provisórias do governo.
Indicadores
No Brasil, economistas voltaram a reduzir as expectativas de inflação para 2023, enquanto subiram as expectativas para o crescimento brasileiro, de acordo com o último levantamento do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. A projeção para o IPCA foi de 5,95% para 5,93%. Há quatro semanas, a expectativa estava em 5,90%. Além disso, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 foi para 0,90%, de 0,88% da semana passada.
Outro destaque do BC é que o Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 2,8 bilhões em fevereiro, retração de US$1,3 bilhão ante o déficit de US$4,2 bilhões em fevereiro de 2022. Na comparação interanual, o saldo comercial diminuiu US$1,0 bilhão; o déficit em serviços recuou US$772 milhões; e o déficit em renda primária reduziu US$1,7 bilhão. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em fevereiro de 2023 somou US$54,4 bilhões (2,78% do PIB), ante US$55,8 bilhões (2,86% do PIB) no mês anterior e US$46,8 bilhões (2,81% do PIB) em fevereiro de 2022.
Além disso, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,5 pontos em março, para 87,0 pontos, de acorod com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Em médias móveis trimestrais, o índice ainda se mantém em queda pelo quarto mês consecutivo ao recuar 0,3 ponto, para 85,8 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 2,7 pontos, para 72,0 pontos, o melhor resultado desde outubro de 2022 (74,5 pontos) enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,2 pontos, para 98,0 pontos.
Cenário Corporativo
Braskem (BRKM5) e Petrobras (PETR3; PETR4) – A Braskem enviou comunicado ao mercado para esclarecer que a Petrobras não tomou qualquer decisão sobre a venda de participação da companhia. “A Petrobras esclarece que todas as ações relacionadas à sua participação na Braskem exigem análise cuidadosa sob a perspectiva de gestão de portfólio e devem ser conduzidas com observância das práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”, afirmou a Petrobras, em comunicado enviado à Braskem. Na sexta-feira (24), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou em entrevista à Bloomberg News que a companhia avaliava aumentar sua participação na petroquímica.
Enauta (ENAT3) – A companhia informou que concluiu, com sucesso, a interligação do novo poço do Campo de Atlanta 7-ATL-5H-RJS, ao FPSO Petrojarl I. Segundo fato relevante, o poço está em fase de ramp-up, que deve estar concluída até o final de semana. A produção atual é de 9,7 mil barris por dia (bbl/d). Este é o primeiro poço da campanha de perfuração de três novos poços iniciada em novembro de 2022. Os demais poços estarão prontos ao longo de 2023 e aguardarão para serem conectados ao FPSO Atlanta no Sistema Definitivo, afirmou a Enauta.
Copel (CPLE6) – A empresa elétrica informou que, durante a parada programada para inspeção, encerrada no dia 25 de março, identificou uma avaria isolada no anel de desgaste superior do rotor da turbina a unidade geradora 03 da usina UHE Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto, em Foz do Areia. A unidade geradora seguirá indisponível, até que sejam avaliadas as causas e ações para reparo, afirmou a Copel.
Cemig (CMIG4) – A companhia anunciou uma projeção de investimentos de R$ 42,2 bilhões para o período entre 2023 e 2027, mantendo o foco em suas operações em Minas Gerais. O segmento de distribuição de energia deve receber o maior volume de aportes até 2027, de R$ 18,4 bilhões. Em seguida, vem geração, com R$ 13,4 bilhões, transmissão (R$ 3,5 bilhões), geração distribuída (R$ 3,2 bilhões), gás natural (R$ 2,3 bilhões) e inovação e TI (R$ 1,4 bilhão).