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Início Opinião

Crise da subprime de 2008, SVB e Credit Suisse: O que há em comum?

Por Roberto Dumas
16 de março de 2023
Em Opinião
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Fechamento Ibovespa 1

Muitos analistas e investidores tem mostrado preocupação em relação à quebra do SVB (Silicon Valley Bank) e o caso do Credit Suisse. Natural, pois estamos nadando em águas turbulentas. Mas em que pese o risco que a quebra do SVB e o stress que tem experimentado o Credit Suisse, é importante mostrar algumas nuances entre os episódios:

  1. Crise de 2008 (Subprime): Regulamentação frágil, excesso de liquidez e ativos tóxicos

Geralmente a formação de bolhas, quer no preço de ações, ativos imobiliários ou qualquer outro ativo real é sempre precedida de afrouxamento monetário e alavancagem excessiva. No caso da bolha dos ativos imobiliários, observada de 2001 a 2007, não fugiu à regra. Quando o FED (Federal Reserve – Banco Central dos Estados Unidos) decidiu cortar as taxas de juros logo após os atentados de setembro de 2001, a bolha no mercado imobiliário começou a se formar. De setembro de 2001 a abril de 2006, o preço das casas havia subido em média 75% nos EUA.

Para os bancos de investimentos, isso representava uma oportunidade ideal para se ganhar dinheiro. Através de operações securitizadas, essas casas de investimento buscavam auferir lucros maiores do que os oferecidos nos títulos do governo dos EUA. A dinâmica complexa a ser elaborada deveria contemplar a subida de preços das casas como premissa básica para a sustentação desses novos produtos financeiros. Mas como incrementar os retornos dos investimentos se clientes prime ou de primeira linha tinham acesso a linhas de crédito baratas?

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A alternativa era óbvia. Baseada no princípio da diversificação e na premissa de que os ativos imobiliários continuariam em sua trajetória ascendente indefinidamente, esses bancos investimentos compravam as hipotecas oferecidas a uma classe de tomadores desprivilegiada, comumente conhecida em inglês como no income, no job and no assets (NINJA), e posteriormente reagrupavam-nas em outros instrumentos financeiros e vendiam-nas para investidores domésticos e estrangeiros. O início da estruturação ou dessa engenharia financeira se dava quando um novo proprietário, prime ou subprime, levantava recursos hipotecando sua casa. De posse dessas hipotecas, os credores hipotecários as repassavam para os bancos de investimentos os quais graças ao processo de securitização transformavam esses ativos ilíquidos em ativos líquidos a serem comercializados no mercado monetário. Esses ativos comumente conhecidos como collateraizedl debt obligations (CDO) e mortgage backed securities (MBS), eram constituídos tendo como lastros as mesmas hipotecas recebidas. Como forma de minimizar a necessidade de alocação de capital por parte dos bancos de investimentos, esses ativos eram alocados fora do balanço dos bancos em empresas constituídas para fins específicos ou veículos especiais de investimentos, em inglês, special investment vehicles (SIV). Para levantar os recursos que seriam repassados ao tomador final, esses bancos de investimentos vendiam parte desses ativos securitizados para investidores internacionais e parte para seus bancos comerciais coligados. Em posse desses títulos (CDOs e MBS) os próprios bancos comerciais emitiam títulos de curto prazo, notem o descasamento de prazos, lastreados nestes mesmos títulos para serem vendidos aos investidores domésticos, os chamados Asset Backed Commercial Paper (ABCPs).

A complexidade dessa estrutura é nítida dado que o ativo inicial, ou a hipoteca, servia como lastro de vários reagrupamentos e securitizações para serem vendidos a investidores internacionais e depositantes domésticos, que certamente mal ou absolutamente nada conheciam sobre a solidez e o risco de crédito dos lastros utilizados na estruturação desses ativos. Neste momento o papel das agências de rating se torna crucial. Baseado na premissa equivocada ou eventualmente maculada por um conflito de interesses evidente na relação entre cliente e provedor de serviços, essas agências de rating costumeiramente avaliavam esses ativos como investimentos de baixo risco, conferindo a eles ratings “AAA” e “AA”. A possibilidade de conflito de interesse é gritante e ingrediente para infindáveis debates sobre o papel dessas agências na crise que se instalou. Dada a complexidade dos títulos colocados à venda por esses bancos de investimentos, bem como os ativos que foram utilizados como lastro para a estruturação desses títulos, é óbvio que a maior parte dos compradores e investidores avaliariam esses investimentos através das lentes de uma agência de ratings. Bancos comerciais ao redor do mundo, autoridades monetárias, empresas e investidores internacionais, sedentos por ativos com remuneração acima dos títulos norte-americanos e com rating AAA ou AA, pareciam ser a receita ideal para o sucesso dessa inovação financeira. Nesse ponto fica evidente também o risco de contágio existente no mercado financeiro internacional, se algo acontecer com essa estruturação financeira ou se eventualmente os lastros, que foram utilizados para a estruturação desses produtos não forem honrados.

De qualquer forma, o esquema era revolucionário. Todos ganhavam. Os tomadores de empréstimos logravam rolar suas dívidas e aumentar a alavancagem, dando em hipoteca suas casas que continuavam a valer mais. Os bancos de investimentos com sua imensa criatividade securitizavam ativos ilíquidos reagrupando-os e criando ativos líquidos para serem negociados no mercado financeiro. Graças a fragilidade da regulamentação bancária esses mesmos bancos de investimentos não eram obrigados a lançar esses títulos emitidos em seus balanços, desobrigando-os a alocar mais capital de acordo com o risco carregado. Para os bancos de investimentos a estratégia de “estruturar e distribuir” auferindo pomposos fees de estruturação, com o mínimo de capital alocado ou certamente aquém do risco incorrido era espetacular. Investidores internacionais passaram a ganhar retornos maiores alocando seus recursos em títulos de baixíssimo risco, de acordo com as avaliações das agências de rating. Os poupadores e depositantes domésticos passaram a participar de um mercado anteriormente, apenas de investimentos de longo prazo, e que graças a emissão desses ABCPs, possibilitaram que o aumento no preço das casas também fosse aproveitado pelo investidor varejista de curto prazo.

Quando a oferta de ativos imobiliários excedeu a demanda, e Alan Greenspan, Chair do Fed à época começou a subir os juros, o preço dos imóveis começou a cair, fazendo aumentar a inadimplência dos tomadores desprivilegiados, os chamados subprimes. Com a contínua queda dos preços dos imóveis, não apenas os tomadores NINJA tornavam-se inadimplentes, mas também os clientes primes, pois as garantias ou os próprios imóveis já não eram mais suficientes para garantir os empréstimos a essa classe de tomadores, fazendo o mercado imobiliário entrar em uma espiral de queda e levando outros tomadores à inadimplência. Visto que os bancos que participavam desse modelo de originação, estruturação e venda ainda carregavam alguns desses papéis em suas carteiras, mas os alocavam fora de seus balanços (off-balance), nenhum deles sabia mais ao certo se um banco estava carregado com esses ativos ou se já estava ou não quebrado. Nesse ponto o mercado interbancário parou e a falta de liquidez no mercado dos Estados Unidos era assombrosa.

Tendo investidores ao redor do mundo, principalmente europeus, em posse desses ativos tóxicos, a crise se alastrou para a Europa, fazendo com que o preço das casas caísse e os CDOs perdessem valor, tornando muitos bancos insolventes, como aconteceu no UK, Irlanda e com as La Cajas da Espanha.

Com a Europa e os EUA em crise de credit crunch, os países asiáticos, com seus modelos de crescimento voltados para exportações, viram suas receitas caírem entrando também em uma crise, que acabou se tornando mundial.

2. Crise do Silicon Valley Bank (SVB – 2023)

A crise do SVB, apesar de alguma semelhança com a crise de 2008, difere na sua causalidade. O SVB é considerado um banco para empresas de start-ups e tecnologia, que depositavam e levantavam recursos nesse banco regional. Com a subida de juros protagonizada por Jay Powell, essas mesmas empresas de tecnologia começaram a sentir o baque, iniciando um processo de obtenção de funding (resgate) de suas poupanças junto a esse banco. Não obstante, os recursos recebidos pelo SVB eram largamente depositados em títulos do tesouro dos EUA. Notem o descasamento entre ativos e passivos (descasamento de Duration).

Com o aumento do pedido de resgate por parte das empresas de tecnologia, o SVB se viu obrigado a vender parte de seus títulos governamentais à valor de mercado. Ora, se a curva de juros dos EUA se inclinou dada uma maior perspectiva de aumento de juros pelo FED, o preço unitário (PU) desses US Treasury Bonds caíram (market to market). Se o pedido de resgate por parte dessas techs não ocorressem, o SVB levaria, eventualmente, esses títulos ao vencimento, recebendo o valor ao par, mas com a enxurrada de pedidos de resgate, o SVB se viu obrigado a vender esses títulos à um valor de mercado depreciado, testemunhando um descasamento entre ativos e passivos, dado o duration mismatch.

Felizmente, o FED, o departamento do Tesouro e o Federal Deposit Insurance Corporation ou FDIC (semelhante ao nosso Fundo Garantidor de Crédito – FGC) agiram prontamente, garantindo o depósito dos clientes acima dos US$250 mil, como estabelecido pelo FDIC, dado que mais de 90% dos depositantes detinham contas com valores acima de US$250 mil.

Ainda é cedo para dizer se outros bancos regionais se encontram na mesma situação, e se uma crise sistêmica com possibilidade de credit crunch nos EUA, afetará a economia brasileira, mas é fato que uma grande parte da população já iniciou o processo de “flight to quality”, retirando dinheiro desses bancos regionais e depositando em bancos nacionais maiores.

3. Stress do banco europeu Credit Suisse

Desde o mês de outubro de 2022, com o anúncio de pesadas perdas financeiras, o Credit Suisse vem sentindo um movimento de pedido de resgates de seus fundos e do próprio banco. Sentindo que a situação não era das melhores, inclusive como comunicado pela empresa de auditoria PwC e o próprio banco, o Credit Suisse apresentava “fragilidades significativas nos últimos 2 anos”.

Quando o banco pediu novo aporte de capital de seu maior controlador, o Saudi National Bank, a resposta foi um sonoro não ou “absolutely not” desenfreando uma corrida bancária contra os depósitos do banco.

O Banco Central da Suíça, o National Bank of Switzerland, já avisou que proverá os recursos necessários para que não ocorra novamente uma crise bancária na Suíça, e na Europa, com enorme preocupação aviltada pelo European Central Bank (ECB).

Apesar da incipiência dos acontecimentos alguns fatos devem ser considerados:

  1. A política de juros nos EUA e na Europa deve ser mais dovish se as autoridades monetárias de ambas regiõesacreditarem em um risco sistêmico. O ECB acabou de subir sua taxa básica de juros em 50 bps no dia 16 de março para 3%, aparentemente, dando sinais de que a crise esta contida com a intervenção do banco central suíço. Nos EUA, enquanto analistas esperavam um aumento na próxima reunião do FED de 50 bps, já se espera um aumento de 25 bps. Isso claro ainda vai depender da avaliação dos outros bancos regionais, posto que o core inflation ainda esta bastante elevado no país.
  2. Ainda é cedo para o Banco Central do Brasil reduzir a taxa Selic, atualmente em 13.75%, na próxima reunião, talvez nas subsequentes;
  3. Se o cenário se transformar em uma crise sistêmica, haverá, por mais paradoxal que possa parecer, um flight to quaility para os EUA, um menor crescimento mundial, subproduto de credit crunch, com impactos no nosso câmbio (depreciação da nossa moeda) e queda no preço das commodities, prejudicando ainda mais o crescimento esperado do PIB brasileiro em 2023.

*Roberto Dumas é Estrategista Chefe do Banco Voiter, professor do INSPER e da FIA. Autor do livro Crises Econômicas Internacionais, entre outros

Tags: credit suisseCrise de 2008destaquesmercado financeiroopiniãoSilicon Valley BankSVB
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